quinta-feira, julho 4, 2024
InícioPolíticaDiplomatas argentinos no Brasil veem tranquilidade na mensagem de Lula após eleição...

Diplomatas argentinos no Brasil veem tranquilidade na mensagem de Lula após eleição de Milei

Integrantes da embaixada argentina no Brasil receberam com “tranquilidade” a manifestação nas redes sociais de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) após o resultado da eleição presidencial.

O presidente brasileiro felicitou o processo eleitoral argentino, desejou boa sorte ao novo governo, mas não citou diretamente o presidente eleito, Javier Milei.

Fontes diplomáticas acreditam que o tom foi condizente com o “pragmatismo” que Lula adota nas relações internacionais.

Um integrante da embaixada da Argentina acredita que se uma manifestação mais dura, por exemplo, como a do presidente colombiano, Gustavo Petro, poderia causar preocupação. “A extrema direita venceu na Argentina. É a decisão da sua sociedade. Triste para a América Latina e logo veremos… O neoliberalismo não tem mais proposta para a sociedade, não pode responder aos problemas atuais da humanidade”, disse Petro.

Nem mesmo a fala do Ministro da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta, causou incômodo. Os argentinos avaliam que o ministro expressou uma opinião própria.

Pimenta afirmou a jornalistas, nesta segunda-feira (20), que Milei deveria pedir desculpas pelos ataques a Lula durante a campanha. “Seria um gesto dele [Milei] como presidente eleito, de ligar para se desculpar. Depois que acontecesse isso, eu pensaria na possibilidade de conversar”, comentou o ministro.

O entendimento até agora é que o tom do governo brasileiro tem sido até abaixo do adotado pelos aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), quando o presidente Alberto Fernández, chegou ao poder no país vizinho.

Os diplomatas também acreditam que as relações bilaterais vão se manter, mas aguardam a nomeação do novo chanceler argentino. Um dos nomes cotados para o cargo é o da economista Diana Mondino.

Um diplomata argentino disse que, pelos próximos três anos os presidentes “podem até ficar sem se falar”, mas as relações presidenciais são apenas uma parte da diplomacia. Ele cita como exemplo o distanciamento mantido por Bolsonaro e pelo atual presidente argentino, Alberto Fernández.

Via CNN

MAIS DO AUTOR

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui