Integrantes do Itamaraty avaliam que a ordem do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ) para que Israel tome medidas para evitar atos de genocídio em Gaza é um “cartão amarelo” para os ataques de Israel.
Embora não tenha ocorrido um pedido de cessar-fogo, representantes da diplomacia brasileira consideram que a decisão deixa a corte “mais perto” de um pedido de interrupção do conflito.
Esse foi o primeiro julgamento de uma sentença inicial, já que uma sentença definitiva pode levar anos dentro da Corte.
Para parte do corpo diplomático, a corte foi clara ao mostrar que ” há elementos que justificam a ação, e justificam o pedido de medidas provisórias”.
A decisão da Corte internacional impõe o prazo de um mês para que Israel mostre as ações feitas para manter a ordem.
“O Estado de Israel deverá… tomar todas as medidas ao seu alcance para impedir a prática de todos os atos no âmbito do Artigo II da Convenção do Genocídio”, disse o tribunal.
Apoio do Brasil
O Brasil apoiou a iniciativa da África do Sul na ação que acusa Israel de cometer atos de genocídio nas ações em Gaza, na guerra contra o grupo extremista Hamas.
A decisão do apoio foi logo após uma reunião entre o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do Embaixador da Palestina no Brasil, Ibrahim Al-Zeben.
O diplomata palestino disse à CNN que considera a decisão histórica, mas ainda um “passo inicial” .
“Primeiro lugar é uma decisão histórica, já que pela primeira vez um organismo jurídico internacional tomou a iniciativa de pedir unanimemente a Israel para tomar as medidas para que atos de genocídio não sejam cometidos. mas de toda maneira, esse é um passo inicial que vai ser seguido pela defesa da nossa parte, da África do Sul e dos componente acusatórios. Daqui a um mês, vamos começar as intervenções com objetivo de demonstrar que Israel está cometendo atos de genocídio no território palestino”, afirmou.
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