domingo, outubro 6, 2024
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Dia 9 de julho é feriado nacional? Saiba o que é comemorado na data

A data de 9 de julho celebra a Revolução Constitucionalista de 1932 e é feriado estadual em São Paulo desde 1997. A Revolução de 1932 foi um levante armado do Estado contra o governo provisório de Getúlio Vargas, instituído dois anos antes por meio de um golpe de Estado.

A participação das tropas paulistas, que lideraram o movimento, fez com que 9 de julho se tornasse feriado em São Paulo. Nos outros Estados, a data não é comemorada. Neste ano, a véspera do feriado (8 de julho) caiu em uma segunda-feira, sendo considerada ponto facultativo no Estado. Na capital paulista, o expediente ficará suspenso para os servidores municipais.

A lei que incorporou a data ao calendário oficial do Estado é a Lei 9.497, de 5 de março de 1997, sancionada pelo então governador Mário Covas. Porém, o caminho para a criação do feriado 9 de julho no Estado de São Paulo surgiu com uma lei federal que dispõe sobre feriados estaduais.

A Lei Federal n.º 9.093, de 12 de setembro de 1995, sancionada pelo presidente Fernando Henrique Cardoso, definiu que a data magna de cada Estado da nação fosse transformada em feriado civil.

Cada unidade da federação teve liberdade para escolher qual o dia do ano deveria ser guardado. No caso de São Paulo, o dia escolhido foi 9 de julho. A data foi oficializada pelo Projeto de Lei n.º 710/1995, do deputado estadual Guilherme Gianetti.

Manutenção e celebração do 9 de julho

Por se tratar de lei estadual, o feriado não requer manutenção por meio de legislação específica, como a assinatura de um decreto para renová-lo ano após ano. Desde então, o governo paulista organiza, anualmente, um desfile cívico-militar para relembrar o movimento.

Em maio de 2020, devido à pandemia de covid-19, a Assembleia Legislativa de São Paulo aprovou o projeto que antecipou o feriado do dia 9 de julho para 25 de maio. A medida se tornou válida para todo o Estado de São Paulo com o objetivo de aumentar o isolamento social.

O contexto histórico da revolução

Revolução Constitucionalista de 1932
O 9 de Julho é celebrado em São Paulo | Foto: Pinterest/Divulgação

São Paulo se rebelou em 1932 ao cobrar uma Constituição e protestar contra o governo Getúlio Vargas. Militar gaúcho, Getúlio havia assumido o poder dois anos antes, marcando o fim da política “café com leite”, como ficou conhecido o período em que políticos ligados aos Estados de São Paulo e Minas Gerais dominaram as primeiras décadas da República no país.

Para governar São Paulo, foi composto um secretariado encabeçado por José Maria Whitaker, que acabou deixando o cargo 40 dias depois. Assumiu como interventor o delegado militar do governo João Alberto Lins de Barros, o que gerou mais insatisfação. Os protestos ganharam força em 23 de maio, quando um grupo organizou manifestação na sede do Partido Popular Paulista (PPP).

Os eventos que levaram ao conflito

No conflito, quatro foram mortos: Martins, Miragaia, Drausio e Camargo. Nasceu então um movimento com as iniciais dos quatro nomes, o MMDC, que teve papel importante na mobilização para a luta.

Um homem conhecido como Alvarenga também foi atingido. Ele morreu depois, e seu nome não entrou na sigla. A revolução em si foi desencadeada por um levante em reação ao afastamento do general Bertoldo Klinger, simpático ao movimento.

A revolução constitucionalista teve adesão do povo, mas perdeu força, porque os revoltosos de outros Estados acabaram controlados pelo governo, e armas encomendadas no exterior não chegaram aos paulistas. No fim, mais de 600 constitucionalistas foram mortos nas batalhas segundo as contas oficiais, estimativa considerada abaixo da realidade por muitos envolvidos nos combates.

Via Revista Oeste

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