sexta-feira, novembro 22, 2024
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Detran de SP começa a fazer transferência de veículos pelo celular

O Detran de São Paulo tem investido em ações de transformação digital para modernizar seus serviços. Agora, os cidadãos podem realizar a transferência de veículos pelo aplicativo Poupatempo, sem necessidade de o usuário ir a um cartório.

O novo sistema, chamado Transferência Digital de Veículos (TDV), permite que a documentação seja transferida entre pessoas físicas pelo celular. O processo, que pode levar até cinco minutos, já registrou transferências realizadas em até 19 segundos.

A TDV está disponível para veículos que possuem o Certificado de Registro do Veículo digital (CRV-e), emitido depois de 4 de janeiro de 2021, dentro do território do estado de São Paulo.

Como funciona a TDV do Detran

O primeiro passo é garantir que o veículo tenha sido vistoriado e o laudo de transferência veicular aprovado. Em seguida, o vendedor faz login no sistema usando a conta Gov.br e inicia a intenção de venda. O comprador confirma o interesse com uma prova de vida, e a câmera do celular é usada para validar a identidade.

“Neste momento, a câmera do celular é ligada para fazer uma selfie da pessoa que é validada em seguida”, explicou Lucas Papais, diretor da Diretoria de Atendimento ao Cidadão do Detran-SP ao jornal Uol. “O processo retorna para o vendedor que também faz uma prova de vida. Esta primeira etapa é a comunicação de venda. “

Lucas Papais destacou que “todos os Estados já têm essa possibilidade de fazer a intenção de venda e a comunicação de venda de forma digital”, mas que o Detran de SP tem um “diferencial”.

“O diferencial do Detran de SP é que, depois de isso, o processo também é feito de forma automatizada dentro do aplicativo, sem a necessidade de envio de documentos ou ida do cidadão até uma unidade do Detran”, afirmou o diretor.

Depois do pagamento da taxa de transferência via Pix, o sistema da TDV é ativado automaticamente. O tempo médio para a emissão do Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo (CRLV) é de cinco minutos, mas há casos em que o documento é emitido em até 19 segundos.

Desafios e soluções do novo sistema

Caso o documento não seja emitido, há um canal de atendimento para resolver inconsistências sistêmicas. Segundo Papais, em janeiro deste ano, o tempo médio de resposta era de seis dias úteis, mas em abril foi reduzido para dois dias úteis. “Em menos de cinco meses, conseguimos reduzir o prazo de resposta em mais de 66%”, afirmou.

Papais destaca que a maior taxa de falhas ocorre quando o veículo não passa na vistoria prévia ou tem débitos pendentes. Nesses casos, o cidadão deve resolver os problemas antes de tentar novamente.

“Temos que verificar a especificidade do caso e dar o caminho para que ela possa se manifestar e a gente consiga dar o suporte”, acrescenta Papais.

Próximas fases da transformação digital

A segunda fase do projeto, em testes nesta semana, envolve a desmaterialização de documentos físicos como o CRV verde ou o antigo DUT. O objetivo é permitir que o processo de transferência também seja digitalizado nos cartórios.

“Estamos fazendo testes em parceria com alguns cartórios do Estado”, destacou Lucas Papais. “Esperamos que os testes sejam validados, a gente consiga colocar isso em prática até o fim deste mês.”

A terceira fase, com testes previstos para junho, envolverá o Registro Nacional de Veículos em Estoque (Renave) para veículos usados. Concessionárias poderão vender carros e transferir a propriedade digitalmente, sem intervenção humana. Em agosto, o Detran-SP planeja iniciar a quarta fase, que permitirá a transferência de veículos para pessoas jurídicas.

Até 2026, o Detran-SP pretende implementar mais facilidades digitais, como novas plataformas de portal e aplicativo, registro online de veículos novos e emissão digital de documentos.

Via Revista Oeste

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