O homem detido por suspeita de provocar um incêndio que devastou cerca de mil hectares em fazendas de Bom Jardim de Goiás teria recebido R$ 300 para executar o crime, segundo o delegado da Polícia Civil Fábio Marques. Ele está preso em Aragarças e deve passar por audiência de custódia ainda nesta segunda-feira, 26.
O capitão José Eduardo de Lima, do Batalhão Rural da Polícia Militar (PM), informou que um caminhoneiro acionou a polícia depois de ver um motociclista ateando fogo na vegetação. Durante a abordagem, os agentes encontraram o suspeito com um isqueiro e as mãos sujas de carvão. Um produtor rural tentou atravessar as chamas com seu trator e ficou preso.
Prisão em flagrante e autuação pelo incêndio
O suspeito foi preso em flagrante e autuado conforme o artigo 250 do Código Penal Brasileiro, que prevê de três a seis anos de reclusão e multa para quem “causar incêndio, expondo a perigo a vida, a integridade física, ou o patrimônio de outrem”. A polícia o levou para o presídio de Aragarças (GO).
Em vídeo gravado depois a autuação, o suspeito, que disse se chamar Lucas Vieira dos Santos, admitiu ter causado os incêndios. Ainda conforme o relato, ele teria agido sob ordens de um homem chamado “Rogério”.
Segundo o capitão da PM, há outros relatos de pessoas que viram um motociclista atear fogo em fazendas goianas há pelo menos 15 dias. Segundo as denúncias, os incêndios começavam perto da rodovia e seguiam em direção ao interior das propriedades.
A Polícia Civil de Goiás ainda investiga o suposto mandante e a motivação do crime.
“O homem preso por atear fogo em fazendas de Goiás no último sábado (24/8) declarou em depoimento na delegacia que a motivação do incêndio criminoso foi política. Ele disse ter recebido cerca de R$ 300 para provocar as chamas na fazenda de um desafeto político…”
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