domingo, julho 7, 2024
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Desvio de dinheiro do governo está sem conclusão há dois meses

A Polícia Federal ainda não localizou os criminosos responsáveis pelo desvio de R$ 15 milhões do Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi). O programa de sistema financeiro é da administração federal. O governo não divulgou o valor recuperado até o momento.

As primeiras transferências ilegais foram realizadas no dia 28 de março. Na ocasião, R$ 3,8 milhões foram desviados de contratos do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI).

No dia 16 de abril, mais R$ 11,39 milhões de verba do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) foram enviados para contas sem vínculo governamental. O esquema foi revelado pelo jornal Folha de S. Paulo no dia 22 de abril.

Procurada pela Folha, a Polícia Federal não confirmou se os criminosos foram localizados. O órgão reiterou que não se manifesta durante investigações em andamento. O TSE, por sua vez, declarou que as invasões ocorreram diretamente no Siafi e “não dentro dos sistemas próprios” da Corte.

Sede do Tribunal Superior Eleitoral
O Tesouro Nacional reforçou as medidas de segurança para evitar novos desvios | Foto: Reprodução/Tribunal Superior Eleitoral

Os invasores roubaram e utilizaram credenciais de funcionários que tinham acesso ao Siafi para cometer os ilícitos. A quantia desviada pelos criminosos estava destinada ao Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), empresa federal do ramo de tecnologia. Parte do dinheiro também era para a empresa de tecnologia da informação G4F. As transferências foram realizadas via Pix. 

Loja em Campinas recebeu R$ 2 milhões de contrato do governo

Uma quantia de R$ 2 milhões foi desviada do contrato do MGI para a conta de uma loja em Campinas (SP). O dono do estabelecimento afirmou que foi vítima de fraude e que teve seus dados explorados pelos criminosos. O comerciante também afirmou que nunca recebeu o dinheiro.

De acordo com apuração da Folha, o ministério pediu o bloqueio de valores da conta no dia seguinte do desvio. A ministra responsável pela pasta, Esther Dweck, afirmou que os ataques aconteceram em notas fiscais. “Nesse sentido, informamos que os ‘supostos ataques’ ocorreram em notas fiscais devidamente atestadas e apropriadas para contrato firmado com o Serpro”, avaliou Esther.

No dia 5 de abril, a instituição responsável pela gestão da conta enviou ao ministério o comprovante do reembolso do recurso.

Depois dos ataques ao Siafi, o governo ampliou o acesso aos sistemas da União. A gestão montou uma força-tarefa para emitir certificados digitais pelo Serpro. O documento é um requisito para servidores que precisam liberar pagamentos. Esse reforço de segurança é uma maneira que o Tesouro Nacional encontrou para evitar novos ataques ao sistema.

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Via Revista Oeste

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