Um dos motivos que ainda deixa os motoristas com um “pé atrás” na hora de comprar um veículo elétrico é a depreciação em comparação com os modelos movidos a combustão. Mas será que esta preocupação é justa?
No passado, os elétricos sofreram bastante com a depreciação. A causa era o avanço tecnológico. Novas baterias mais eficazes surgiam quase o tempo todo e deixavam os modelos mais antigos quase que obsoletos. Só que este cenário agora pode estar mudando.
Diminuição da velocidade de depreciação
A depreciação é um dos custos mais significativos na propriedade de veículos. No momento em que um carro sai da concessionária, ele começa a perder valor e, com o tempo, a quilometragem e o desgaste reduzem ainda mais seu preço de revenda.
Os carros elétricos historicamente seguiram uma curva de depreciação diferente em comparação com os carros “tradicionais”. No entanto, uma pesquisa da Recurrent, empresa especializada em saúde e desempenho de baterias de veículos elétricos, mostra que apenas 2,5% das baterias foram substituídas fora dos recalls do fabricante.
Isso sugere que a degradação está ocorrendo a uma taxa muito mais lenta do que se temia inicialmente, oferecendo aos compradores em potencial maior confiança na durabilidade de longo prazo dos EVs.
Outro fator a ser levado em consideração são os avanços tecnológico. Os modelos mais recentes continuam a oferecer autonomias mais longas e tempos de carregamento mais rápidos, fazendo com que os mais antigos pareçam desatualizados.
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Venda de carros elétricos seminovos está ganhando força
- Apesar desses desafios de depreciação, o mercado de elétricos de segunda mão está crescendo.
- A queda dos preços apresenta uma oportunidade para compradores que podem não ter condições de comprar um veículo zero.
- À medida que a tecnologia de baterias se torna mais confiável e a confiança do público cresce, este mercado está se tornando mais competitivo.
- Analistas acreditam que há espaço para um crescimento ainda maior e destacam que a proibição de compra de carros a combustão até 2035, no caso da Europa, deve influenciar também a revenda dos elétricos.
- Em última análise, a depreciação ainda é um problema, mas parece que vem se tornando cada vez menor com o passar do tempo.
- As informações são do Euronews.