domingo, novembro 24, 2024
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Desmatamento tem queda na Amazônia e alta no cerrado em 2023

Dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) divulgados nesta sexta-feira (5) mostram uma queda expressiva do desmatamento na Amazônia brasileira no acumulado dos 12 meses do ano passado.

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De acordo com medições do chamado sistema Deter, a floresta amazônica perdeu uma área de 5.151,6 km² em 2023, uma redução de 50% na comparação com o mesmo período de 2022.

Trata-se da taxa mais baixa desde 2018, quando foram registrados 4.951,4 km² de área desmatada na região.

Dos anos de 2019 a 2022, aliás, os resultados foram muito ruins para o bioma. A última gestão deixou o governo com um aumento de 59,5% da taxa de desmatamento na Amazônia em relação aos quatro anos anteriores.

Em 2023, os estados recordistas foram o Pará, com 1.902,5 km² desmatados; Mato Grosso, com 1.408,2 km²; e Amazonas, com 894,4 km².

No Cerrado, porém, o recorte foi negativo

Ao contrário da Amazônia, os números relativos ao Cerrado pioraram muito no ano passado.

A taxa de desmatamento foi de 7.828,2 km² no bioma, o que representa uma alta de 43% frente ao ano anterior. Trata-se do maior índice para o período de janeiro a dezembro desde 2019.

É ainda a primeira vez em cinco anos que a área desmatada no Cerrado é maior do que na Amazônia.

A maior perda de vegetação ficou concentrada na região conhecida como Matopiba, que consiste na sigla dos seguintes estados: Maranhão (1.765,1 km² de desmatamento), Tocantins (1.604,4 km²), Piauí (824,5 km²) e Bahia (1.727,8 km²).

Somando o desmatamento nos dois biomas, a perda de vegetação chegou a 12.979,8 km². Isso equivale a mais de oito vezes a área da cidade de São Paulo, uma das maiores do país.

Mais sobre a medição

  • Deter significa Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real.
  • Ele mapeia e emite alertas de desmate com o objetivo de orientar ações do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e outros órgãos de fiscalização.
  • Ele é divulgado mensalmente e seus números não são considerados oficiais.
  • Os números oficiais são de outro sistema do Inpe, o Prodes, que é mais preciso e é divulgado anualmente.
  • Prodes significa Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite.
  • Todo o monitoramento é feito via satélite.

As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

Via Olhar Digital

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