Uma enorme erupção vulcânica desencadeou a extinção em massa de 95% da vida na Terra no final do Permiano, há cerca de 250 milhões de anos. Após este evento, as temperaturas no planeta continuaram acima do normal por mais de cinco milhões de anos. Agora, pesquisadores investigam o que causou este fenômeno e como isso pode ajudar a evitar situações parecidas no futuro.
Aumento da formação de argila marinha manteve temperaturas altas
- O trabalho foi liderado por um estudante de doutorado da Universidade de Waikato, na Nova Zelândia.
- Foram analisadas as composições químicas das rochas da Nova Zelândia, Japão e Noruega.
- Os resultados indicam que o aumento da formação de argila marinha, também conhecido como intemperismo reverso, contribuiu para as altas temperaturas sustentadas no passado.
- O estudo foi publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences.
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Forma de regulação do clima
De acordo com os cientistas, o processo de intemperismo reverso libera CO2, ajudando a aquecer o planeta. Ele envolve a formação de argilas no oceano e retém carbono no oceano e na atmosfera.
Essas descobertas sugerem que o intemperismo reverso desempenhou um papel fundamental na regulação do clima da Terra. Neste caso específico, foi isso que possibilitou que as temperaturas ficassem tão acima do normal por tanto tempo.
Segundo o trabalho, as conclusões ajudam a entender melhor o funcionamento dos processos climáticos da Terra. A partir de agora, os pesquisadores querem focar nos impactos da formação de argila marinha como forma de regular o clima.
A esperança é que novas pesquisas sobre o tema possam ajudar a desenvolver formas de combater as mudanças climáticas e reverter o processo de aquecimento do nosso planeta.