sexta-feira, setembro 20, 2024
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Descoberta de grafeno na Lua pode revolucionar exploração espacial

Pesquisadores chineses fizeram uma descoberta que pode revolucionar a exploração espacial. Os cientistas identificaram grafeno natural em amostras de solo da Lua, coletadas na missão Chang’e-5, realizada em 2020. Os resultados da análise foram divulgados em 17 de junho no jornal National Science Review.

A presença de grafeno — uma forma cristalina do carbono — na Lua desafia a percepção de que o satélite é pobre em carbono. A equipe da Academia Chinesa de Ciências avalia que o grafeno se formou por atividade vulcânica inicial, potencialmente catalisada por ventos solares e impactos de meteoritos, que criaram ambientes de alta temperatura e pressão.

Além do grafeno, foram encontrados compostos de ferro nas amostras, indicando que minerais contendo ferro podem ter ajudado na transformação do carbono em grafeno. Esta descoberta altera a teoria de que um impacto gigante vaporizou elementos voláteis na Lua.

O grafeno lunar abre novas possibilidades para a exploração espacial, podendo ser usado na construção de estruturas mais leves e duráveis para bases lunares e outros equipamentos.

Os pesquisadores sugerem que o material composto por átomos de carbono pode ser produzido em larga escala e a baixo custo, sem a necessidade de altas temperaturas.

Grafeno descoberto na Lua pode auxiliar em novos projetos

Essa descoberta pode fornecer novas informações sobre a evolução geológica da Lua e outros corpos celestes. Missões futuras, como o Programa Artemis da Nasa e o projeto Moon Village da ESA, poderão usar as propriedades do grafeno para desenvolver infraestrutura permanente na superfície lunar.

O grafeno também pode ser utilizado além da indústria aeroespacial. O material é o mais resistente do mundo, é extremamente leve e tem alta condutividade elétrica e térmica.

O material composto de átomos de carbono pode ser usado, por exemplo, para o desenvolvimento de sensores e novos tipos de chips, armazenamento mais eficiente de energia e produção de cosméticos.

Via Revista Oeste

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