O mercado de trabalho enfrenta escassez de especialistas em segurança cibernética. Para compreender melhor esse desafio, a Kapersky realizou um estudo com mais de mil trabalhadores de segurança da informação em 29 países. A pesquisa abrangeu diversos níveis de experiência, desde novatos até gerentes com uma década de atuação.
Para quem tem pressa:
- Uma pesquisa da Kapersky, realizada com mais de mil trabalhadores espalhados em 29 países, indica que 53% dos profissionais de segurança da informação não têm pós-graduação. E muitos questionam a relevância de sua educação formal para as demandas da guerra cibernética;
- A rápida evolução da cibersegurança torna o conhecimento acadêmico rapidamente obsoleto. Isso cria um desafio para profissionais que precisam se manter atualizados com as últimas ameaças e tecnologias;
- Existe uma crítica de que a educação formal em segurança cibernética muitas vezes não oferece conhecimento aplicável suficiente, apesar de sua base teórica ser valorizada para o entendimento de novos conceitos;
- Para melhorar a situação no mercado de cibersegurança, a empresa recomenda colaboração entre instituições educacionais e empresas do setor para integrar práticas reais ao currículo acadêmico, além de investimento em capacitação contínua dos profissionais.
A pesquisa revelou que mais da metade (53%) dos profissionais de segurança da informação não possuem pós-graduação. Além disso, metade dos que possuem graduação questiona a utilidade de sua educação formal no desempenho de suas funções. Este dado reflete uma percepção de desconexão entre a formação acadêmica e as demandas práticas do setor.
Educação e a guerra cibernética
A natureza dinâmica da segurança cibernética significa que o conhecimento pode se tornar obsoleto rapidamente. O longo tempo necessário para obter um diploma acadêmico contrasta com a rapidez com que os invasores atualizam suas táticas, o que cria um desafio para os profissionais recém-formados. Isso porque eles precisam se atualizar constantemente sobre as ameaças e defesas mais recentes.
Os profissionais de segurança da informação com experiência prática criticam as instituições educacionais por não oferecerem conhecimento aplicável suficiente e acesso a tecnologias modernas. Essa lacuna entre teoria e prática indica que educação adicional específica para a área é essencial para combater de maneira eficaz as ameaças cibernéticas.
Apesar dos desafios, a formação acadêmica não é vista como inútil. Muitos profissionais valorizam a base teórica que a educação formal oferece, argumentando que ela facilita a absorção de novos conhecimentos. Mas profissionais com e sem formação superior podem ser igualmente competentes na segurança cibernética, o que destaca a importância da paixão e do desenvolvimento contínuo na carreira.
Como melhorar o mercado de cibersegurança
Para melhorar a situação do mercado de trabalho em segurança cibernética, a pesquisa da Kapersky recomenda esforço conjunto entre as instituições educacionais e as empresas do setor. Parcerias entre universidades e empresas de segurança cibernética poderiam enriquecer o currículo acadêmico com experiências práticas e conhecimento atualizado, por exemplo.
Além disso, o estudo aponta que empresas devem investir na capacitação contínua de seus funcionários, proporcionando cursos de especialização que complementem sua formação e experiência. Essa abordagem contribuiria para o desenvolvimento de profissionais mais bem preparados para enfrentar os desafios dinâmicos do campo da segurança cibernética, segundo a pesquisa.