quinta-feira, novembro 21, 2024
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Desabastecimento de vacinas afeta 11 Estados e o Distrito Federal

Uma reportagem do portal Metrópoles afirma que há escassez de vacinas em 11 Estados brasileiros e no Distrito Federal.

As vacinas em falta incluem as que previnem covid-19, meningite, pneumonia, HPV, sarampo, caxumba e rubéola, o que contradiz a afirmação do Ministério da Saúde de que não há desabastecimento nacional.

O ministério enfrentou críticas depois de incinerar 10,9 milhões de doses de vacinas em 2024 em decorrência de vencimento. A distribuição de imunizantes é de responsabilidade da pasta.

A maior parte dessas doses era de vacinas contra a covid-19. Além disso, outros 12 milhões de doses expiradas ainda aguardam descarte, aumentando a preocupação com o desperdício.

Os Estados com falta de vacinas

Vacina dengue
A maioria dos Estados informou a falta da vacina contra varicela, exceto São Paulo | Foto: Divulgação/Ministério da Saúde

Os Estados que relataram desabastecimento são Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins.

A maioria informou a falta da vacina contra varicela, exceto São Paulo. O Distrito Federal substitui a varicela pela tetraviral, também em falta em São Paulo.

No Paraná, a falta de vacinas contra a covid-19 para crianças é crítica, considerando as 5,1 mil mortes causadas pela doença no Brasil em 2024. Além disso, seis Estados e o Distrito Federal estão sem vacinas contra a febre amarela.

Distrito Federal, Pará e Tocantins não têm vacina contra HPV, essencial para prevenir vários tipos de câncer. Essas vacinas são insubstituíveis no Sistema Único de Saúde (SUS), aumentando a preocupação com a saúde pública.

Cinco Estados e o Distrito Federal não têm a vacina tríplice bacteriana (DTP), que protege contra difteria, tétano e coqueluche. Alguns Estados adotaram a pentavalente como alternativa, que também previne hepatite B e Haemophilus influenzae tipo b (Hib).

Estratégias

Há também falta da tríplice viral no Distrito Federal e da dTpa acelular em Mato Grosso, Paraíba, Santa Catarina e Tocantins, usada em grupos específicos. Problemas com fornecedores são citados como causa da escassez, principalmente no Pará.

Nenhuma unidade federativa apresentou previsão para normalizar a situação. O Rio de Janeiro relatou “ausências pontuais” no fornecimento, e o Acre mencionou desabastecimento parcial de várias vacinas, como hepatite A, HPV e tríplice viral.

O Amazonas aguarda novas remessas de vacinas, sem detalhes sobre quais, enquanto o Maranhão recebeu em outubro vacinas contra covid-19 para crianças. O Espírito Santo regularizou a distribuição em 2024.

A Bahia informou um abastecimento irregular de vacinas contra febre amarela devido a problemas logísticos e de qualidade na produção. Roraima não respondeu aos questionamentos do Metrópoles, atribuindo a responsabilidade ao Ministério da Saúde.

Via Revista Oeste

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