domingo, outubro 6, 2024
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Deputados de SP aprovam projeto de privatização da Sabesp

Os deputados da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) aprovaram, nesta quarta-feira (6), o projeto de privatização da Sabesp.

Foram 62 votos a favor e um contrário. O quórum foi de 64 deputados, considerando também a presença do presidente da Alesp, deputado estadual André do Prado (PL-SP).

Antes da votação, a sessão foi marcada por confusão entre deputados no plenário e também entre manifestantes e a polícia nas galerias da Alesp. Em nota, o governo de São Paulo disse que a violência na sessão tentou barrar “rito democrático”.

Parlamentares da oposição ficaram fora do plenário por causa do gás de pimenta usado pela polícia em meio à confusão. Alguns deputados chegaram a utilizar máscaras para estar no plenário.

VÍDEO – Polícia usa gás de pimenta para conter tumulto na Alesp

Após a aprovação, o projeto será encaminhado ao chefe do Executivo para sanção ou veto — vale lembrar que o projeto é de autoria do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Em 28 de novembro, em pronunciamento durante a greve dos serviços públicos no estado, Tarcísio voltou a defender a propostas. “Não aceitar essa posição (da privatização) é não aceitar o resultado das urnas. Estamos cumprindo as promessas de campanha”, disse.

O principal objetivo do projeto é ampliar os investimentos para universalizar o saneamento básico, de acordo com informações do governo estadual. Esses recursos passariam a vir, então, do capital privado.

A previsão era de que a Sabesp investiria R$ 56 bilhões até 2033 para concretizar a meta de universalização estipulada pelo Novo Marco do Saneamento — que prevê 99% da população abastecida com água tratada e 90% com coleta e tratamento de esgoto na próxima década.

Com a privatização, a estimativa divulgada pelo governo é de que os investimentos sejam ampliados para R$ 66 bilhões e que o objetivo seja cumprido até 2029.

Do texto inicial, o relatório do deputado Munhoz acatou 26 emendas dos deputados, que foram consolidadas em quatro subemendas.

As principais alterações incluem:

  • dispositivos ligados ao fundo especial a ser criado pelo Estado para reduzir a tarifa;
  • a estabilidade dos atuais servidores da companhia por um período de 18 meses após a efetiva desestatização da empresa;
  • assegurar a formação de um conselho de orientação para a Sabesp que deverá contar com indicações do Legislativo.

A questão da tarifa é justamente um dos pontos que tem sido usados como argumento da oposição para tentar barrar o projeto.

Se o texto for aprovado e sancionado, o governo deverá criar o Fundo de Apoio à Universalização do Saneamento no Estado de São Paulo (Fausp) e destinar 30% do valor de venda das suas ações, além de parte do lucro da empresa (dividendos).

“Esse fundo tem a precípua finalidade de manter as tarifas baixas, de não deixar as tarifas aumentarem”, afirmou o relator à CNN.

Via CNN

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