O deputado federal Luciano Zucco (PL-RS) afirmou que “vai até o fim” para investigar as irregularidades na Secretaria de Comunicação Social (Secom) do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O parlamentar deu a declaração na edição desta quinta-feira, 5, do Jornal da Oeste.
Em 10 de julho, o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Aroldo Cedraz suspendeu a licitação da Secom depois de identificar violação ao sigilo do certame, avaliado em R$ 197,7 milhões. O magistrado destacou que os fatos são “de extrema gravidade”.
O valor é considerado o maior da história para o setor. A empresa vencedora seria responsável por cuidar da publicidade das redes sociais do governo.
Empresas envolvidas na licitação e o vínculo com o PT
De acordo com Zucco, a Usina Digital, uma das empresas envolvidas na licitação, é vinculada a Sidônio Palmeira. Ele foi marqueteiro da última campanha de Lula.
Outra empresa investigada, a Área Comunicação, “é associada a Otávio Nunes, que foi marqueteiro do ministro da Fazenda, Fernando Haddad”.
Já a BR e Tal, outra envolvida nas negociações da Secom, “teria conexões com os deputados petistas Lindbergh Faria e Gleisi Hoffmann”, afirmou Zucco. “São muitas coincidências. Há evidências de que houve irregularidade.”
Governo Lula volta atrás e desiste da licitação da Secom
Depois das denúncias de irregularidades e da abertura das investigações, o governo Lula decidiu não abrir novo certame. Zucco, entretanto, afirmou que “somente cancelar não adianta”. Além disso, o deputado ressaltou: “Vai até o fim para encontrar os responsáveis”.
O edital previa a escolha da vencedora pela melhor técnica em vez do melhor preço. A Secom alegou a iniciativa como parte de projeto que teria como foco o combate à desinformação e fake news.
Pelo menos 24 empresas ou consórcios participaram da concorrência. O governo concluiu o processo em pouco mais de dois meses — um prazo considerado rápido pelo TCU.