segunda-feira, novembro 25, 2024
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Deputado quer convocar Mauro Vieira para explicar posição do Brasil sobre eleição na Venezuela

O deputado federal Luciano Zucco (PL-RS) pediu, nesta terça-feira, 30, a convocação do ministro de Relações Exteriores, Mauro Vieira, na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional. Zucco acredita que Vieira precisa deixar claro a posição do Brasil sobre a possibilidade de fraude na eleição que aconteceu Venezuela no domingo 28.

Na segunda-feira 29, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) declarou oficialmente o ditador Nicolás Maduro reeleito com pouco mais de 5 milhões de votos, apesar de a oposição falar em fraude eleitoral. Ele está no poder desde 2013.

No documento, o parlamentar alegou que diversos países já se posicionaram contra a vitória de Maduro, não a reconhecendo por falta de transparência. O Brasil também criticou a falta de transparência do pleito, mas aguarda a divulgação das atas eleitorais para dizer se reconhece, ou não, a reeleição do ditador.

“A democracia não é relativa e o Brasil terá que descer desse muro”, alega o deputado. “Esse silêncio não pode continuar. A convulsão social na Venezuela nos atinge diretamente”, argumentou o parlamentar.”

Conforme os opositores do regime chavista, o principal candidato contra Maduro, Edmundo González, venceu, com 70% dos votos. A comunidade internacional também não aceitou o resultado do pleito em virtude da falta de transparência. A diplomacia brasileira também cobrou transparência. O assessor especial Celso Amorim está em missão oficial na Venezuela.

Depois da reação negativa de sete países latino-americanos, Maduro expulsou o corpo diplomático da Argentina, do Chile, da Costa Rica, do Panamá, do Peru, da República Dominicana e do Uruguai.

Lula comenta eleição na Venezuela

Há pouco, em entrevista  à TV Centro América, afiliada da TV Globo em Mato Grosso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que o processo eleitoral venezuelano é “normal” e “tranquilo” e que a apresentação da ata “vai resolver” a “briga”.

“Não tem nada de grave, não tem nada de assustador”, declarou. “Vejo a imprensa brasileira tratando como se fosse a Terceira Guerra Mundial. Não tem nada a de anormal. Teve uma eleição, teve uma pessoa que disse que teve 51%, teve uma pessoa que disse que teve 40 e pouco por cento. Um concorda, o outro não. Entra na Justiça e Justiça faz.”

Via Revista Oeste

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