A deputada estadual Ediane Maria, do PSOL, afirmou ter sofrido racismo em um corredor da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) na tarde desta terça-feira (7). O caso foi denunciado pela parlamentar durante uma sessão em plenário no mesmo dia.
No depoimento, ela afirmou que um homem a perseguiu e fez comentários ofensivos a respeito de seu cabelo crespo.
“Um senhor teve a capacidade de me seguir falando mal do meu cabelo, falando que era horroroso, que eu tinha que tirar, que eu era feia”, disse a deputada.
“Todos os dias nós sofremos violência. É necessário que essa casa dê a resposta”, reivindicou.
Durante sua fala, Ediane também afirmou que o autor do crime chegou a se esconder no gabinete do deputado Atila Jacomussi (Solidariedade).
Nas redes sociais, Jacomussi se posicionou e afirmou que o suspeito não se escondeu em seu gabinete e que, na verdade, tratava-se de um vendedor ambulante que frequenta todos os gabinetes da Alesp.
A CNN tenta localizar a defesa do acusado e atualizará a matéria assim que receber um posicionamento.
Procurada, a Secretaria de Segurança Pública informou que o caso foi registrado como injúria racial e que identificaram o autor do crime como um homem de 89 anos.
Ainda segundo a SSP, os envolvidos foram ouvidos e o caso foi encaminhado para o 36º DP de Vila Mariana, para prosseguimento das providências judiciárias.
Em nota, o presidente da Alesp, André do Prado (PL), afirmou se solidarizar com a deputada Ediane. “Não vamos permitir jamais que isso aconteça nesta Casa”, disse o parlamentar.
*Sob supervisão de Vital Neto
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