A primeira-dama, Janja Lula da Silva, adicionou mais um compromisso internacional em sua agenda. Depois de ir a Paris na abertura dos Jogos Olímpicos em julho e de viajar ao Catar na semana passada, a mulher do presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai participar de um painel que discutirá a fome em Nova York, nos Estados Unidos.
O evento é organizado pela Universidade Columbia e será em 21 de setembro. A cerimônia coincide com a assembleia geral da Organização das Nações Unidas que será realizada em Nova York, onde Lula discursará.
Compromisso internacional de Janja
No site da Universidade Columbia, Janja aparece como painelista do evento. Esse será o segundo compromisso internacional de Janja em setembro.
No início do mês, a primeira-dama se encontrou com a sheika Moza bint Nasser, uma das três mulheres do sheik Hamad bin Khalifa. A agenda também contou com uma participação em um painel sobre educação em Doha.
Encontro no Catar
O resultado desse encontro foi um vídeo postado nas redes sociais de Janja, no qual ela aparece emocionada ao falar que é preciso “repensar a humanidade” e o mundo que será deixado para as crianças.
De uma forma confusa, Janja também falou sobre as queimadas no Brasil e sobre a situação da Palestina.
Janja elogiou o “trabalho de acolhimento” da sheika Moza bint Nasser, de 65 anos, uma das três mulheres do sheik Hamad bin Khalifa Al-Thani, de 72 anos. Não mencionou, no entanto, que o Catar tem leis rígidas e muito restritivas para mulheres.
A situação das mulheres no Catar omitida por Janja
O Catar é um emirado árabe absolutista e hereditário comandado pela Casa de Thani desde meados do século 19.
No país, as mulheres não podem dirigir, trabalhar em órgãos públicos ou viajar (no caso de menores de 25 anos) sem aprovação de um tutor homem (pai, marido ou avô).
Também há um código de vestimenta rigoroso para as mulheres. De acordo com o Relatório da Anistia Internacional, as mulheres são discriminadas e não são protegidas pela lei em casos de violência doméstica.
Janja, ao demonstrar emoção sobre o que viu num centro de acolhimento de refugiados no Catar, não mencionou em seu vídeo as dificuldades de mulheres no país governado pelo marido da sheika Moza.