Depois um período de calor intenso, uma frente fria se aproxima das regiões Sul e Sudeste do Brasil e traz alívio para as altas temperaturas registradas durante o Carnaval de 2025.
Durante os dias de festa, os termômetros chegaram a marcar máximas superiores a 40°C em várias cidades. Segundo a MetSul Meteorologia, a mudança climática não afetará apenas o Rio Grande do Sul, mas também terá impacto em Estados como São Paulo e Rio de Janeiro.
Nessas áreas, embora a queda de temperatura seja menos acentuada, esperam-se um aumento da nebulosidade e possíveis chuvas nos próximos dias.
Chegada da frente fria
A previsão revela que a frente fria começará a atuar no final de semana e trará alívio para as altas temperaturas. Até lá, espera-se que o Rio Grande do Sul registre máximas superiores a 40ºC.
A MetSul projeta chuvas para domingo 9, com queda acentuada nas temperaturas, que podem ficar até 10ºC abaixo das médias anteriores.
De acordo com a MetSul, a frente fria não implica necessariamente em frio intenso, especialmente entre dezembro e março, o período mais quente do ano. Conforme a MetSul, esse fenômeno envolve a substituição de uma massa de ar quente por uma mais fria em determinada região.
Durante o verão, a passagem de uma frente fria pode intensificar ventos, aumentar a nebulosidade e provocar chuvas, sem grandes quedas de temperatura. Em muitos casos, a temperatura pode cair de 40ºC para 30ºC, mas o calor ainda persiste.
Em São Paulo, o Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas (CGE), da prefeitura, prevê sol e calor predominantes até o domingo 9. No entanto, a combinação de altas temperaturas com a entrada da brisa marítima pode gerar instabilidades e pancadas de chuva rápidas e isoladas nas tardes.
“Entre o meio e o fim da tarde, a combinação de temperaturas elevadas e a entrada da brisa marítima favorece a formação de pequenas áreas de instabilidade que provocam chuva em forma de pancadas rápidas e isoladas”, ressalta o CGE.
O fenômeno responsável pelo calor intenso

O calor extremo registrado nos últimos dias é atribuído a um bloqueio atmosférico associado à Alta Semi-Estacionária do Atlântico Sul (ASAS), que dificultou a formação de chuvas na região.
A ASAS é um sistema de alta pressão que, quando atua sobre o Sudeste brasileiro, promove estabilidade atmosférica, afastando instabilidades e prolongando períodos de tempo seco e quente.
Nas semanas anteriores, esse fenômeno deslocou o canal de umidade amazônico em direção ao centro da Argentina e ao Uruguai, locais que experimentaram chuvas intensas e tempestades frequentes.
Em contrapartida, os Estados do Sul e do Sudeste do Brasil enfrentaram uma escassez de precipitações e temperaturas elevadas.