sexta-feira, novembro 22, 2024
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Depois de expulsão da Olimpíada, nadadora contrata advogados

A nadadora Ana Carolina Vieira, recentemente expulsa da equipe brasileira na Olimpíada de Paris, contratou um grupo de advogados para investigar as circunstâncias de sua exclusão do Time Brasil.

Em uma nota divulgada na terça-feira 6, os advogados afirmaram que “medidas necessárias serão tomadas para que os fatos sejam efetivamente apurados perante os órgãos competentes”.

Ana Carolina divulgou um comunicado em sua página no Instagram, mencionando que está em um período de “reestabelecimento psicológico”, pois “os danos do desligamento são irreparáveis do ponto de vista psicológico e profissional”.

Os advogados da nadadora alegam que ela foi desligada sem a chance de se defender, e que seu comportamento foi motivado apenas pelo desejo de proteger os interesses de sua equipe na Olimpíada.

“Movida por um senso de patriotismo, sabendo que a decisão influenciaria diretamente no desempenho da equipe, Ana Carolina, em nome da equipe, se insurgiu, o que jamais poderá se confundir com agressividade ou desrespeito”, afirmam os advogados.

Expulsão da Olimpíada

Ana Carolina Vieira - nadadora brasileira expulsa da Olimpíada de Paris 2024
Segundo a CBDA, a agressividade de Ana Carolina com os treinadores tornou sua permanência nos Jogos Olímpicos ‘inviável’ | Foto: Reprodução/Instagram/@_anavieeiraa

Ana Carolina teria se envolvido em uma discussão acalorada com membros da comissão técnica depois destes decidirem substituir a nadadora Maria Fernanda Costa em uma das provas na Olimpíada. A atleta ficou inconformada com a perda de uma colega considerada essencial para a equipe.

A expulsão de Ana Carolina foi anunciada pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB) no dia 28 de julho. Segundo o COB, a atleta deixou a Vila Olímpica sem permissão junto com seu namorado na noite de sexta-feira, 26. Enquanto ele recebeu uma advertência, ela foi expulsa. A discussão com a comissão técnica também influenciou na decisão.

Nota divulgada pela defesa da nadadora

A nota em defesa de Ana Carolina foi divulgada em seu perfil no Instagram. Leia a nota na íntegra:

“ANA CAROLINA VIEIRA, nadadora profissional de 22 anos, integrou o Time Brasil em sua modalidade nas Olimpíadas de Tóquio (2020) e Paris (2024), neste ato representado por seus advogados, informa que irá se manifestar publicamente em momento oportuno, pois encontra-se em período de restabelecimento psicológico com acompanhamento profissional em virtude de todo ocorrido envolvendo o seu nome como profissional e, sobretudo, sua dignidade como mulher.

No entanto, desde já afirma que em sua passagem nas Olimpíadas de Paris cumpriu com todas as suas obrigações profissionais, defendendo orgulhosamente sua equipe e, acima de tudo, o Brasil.

Diferentemente do que foi veiculado, no último dia 25, no período da tarde, em período de folga, a atleta e seu companheiro, também nadador, GABRIEL DA SILVA SANTOS (juntos há mais de quatro anos) se dirigiram à Torre Eiffel a fim de registrarem o momento que estavam vivendo em suas carreiras, ato realizado por incontáveis atletas das mais diversas modalidades.

A ida ao ponto turístico durou aproximadamente 1h e 15min e o traslado foi realizado com veículos oficiais disponibilizados aos competidores.

Em data de 26.07.2024 as atletas que realizariam a prova de 4×100 livre no dia seguinte (27.07.24), através de uma deliberação injustificada da Comissão Técnica, foram informadas que uma das nadadoras que compunham o revezamento seria substituída. Movida por um senso de patriotismo, sabendo que a decisão influenciaria diretamente no desempenho da equipe, ANA CAROLINA, em nome da equipe, se insurgiu, o que jamais poderá se confundir com agressividade ou desrespeito.

No entanto, ANA CAROLINA, em 28.07.2024, foi comunicada de seu desligamento, ocorrido de forma completamente arbitrária e sem qualquer possibilidade de defesa. Desolada e sem entender o efetivo motivo da medida, ANA CAROLINA se viu em completo desamparo por parte dos responsáveis pela missão.

Os danos do desligamento são irreparáveis do ponto de vista psicológico e profissional, uma vez que o fato repercutiu mundialmente de forma distorcida e à margem da verdade.

No mais, informamos que as medidas necessárias serão tomadas para que os fatos sejam efetivamente apurados perante os órgãos competentes.”



Via Revista Oeste

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