sexta-feira, setembro 20, 2024
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Depoimento anula sentença de deputado preso por homicídio

O ex-deputado distrital Carlos Pereira Xavier, de 62 anos, preso por homicídio, teve sua sentença de 15 anos de detenção de prisão anulada. A decisão foi baseada em um novo e bombástico depoimento que surgiu sobre o caso, informou neste domingo, 15, o portal Metrópoles.

Conhecido também como Adão Xavier, ele é acusado de encomendar a morte de um adolescente de 16 anos em 2004.

Condenado em 2015 e preso em fevereiro deste ano, ele foi liberado esta semana depois de o Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDFT) acatar um pedido da defesa para revisão criminal.

Depoimento muda cenário do caso de ex-deputado preso por homicídio

Os elementos cruciais para a anulação da sentença incluem um relatório policial e um depoimento impactante do policial civil Adamastor Castro e Lino de Andrade Júnior.

Adamastor, que atuou na investigação enquanto estava na antiga Corvida (atual Delegacia de Homicídios), afirmou que houve “contaminação política” no caso.

Segundo ele, um dos autores teve seu indiciamento alterado de latrocínio para homicídio “em decorrência de questões políticas e econômicas”.

O ex-deputado distrital Carlos Pereira Xavier, de 62 anos
A acusação alegava que Xavier acreditava que o jovem de 16 anos tinha um caso com sua mulher | Foto: Reprodução/TV Globo

O então suplente do então deputado, Wilson Lima, queria a cassação de Xavier para assumir o cargo. Com essa mudança, o delegado Mário Gomes passou a conduzir o caso.

Envolvimento de figuras políticas e familiares

Gomes e Lima eram amigos e vizinhos. A mulher de Gomes foi nomeada no gabinete de Lima depois de ele tomar posse.

Xavier foi condenado em duas instâncias por ordenar a execução do jovem de 16 anos. A acusação alegava que então deputado acreditava que o adolescente tinha um caso com sua mulher.

Por esse motivo, contratou Eduardo Gomes da Silva, conhecido como Risadinha, Leandro Dias Duarte e outro adolescente para realizar o assassinato.

Detalhes do crime e suas consequências

O ex-parlamentar teria pagado R$ 15 mil pelo crime. O corpo do jovem, Ewerton Ferreira, foi encontrado com marcas de tiros atrás de uma parada de ônibus no Recanto das Emas.

Na época, Xavier era casado havia 14 anos. Contudo, o relacionamento se deteriorou em razão dos frequentes casos extraconjugais de sua mulher com adolescentes, que inclui a vítima. Descontente, Xavier decidiu “tomar providências para pôr fim à questão”, afirma o Metrópoles, com base no processo.

A condenação resultou na cassação do mandato de Carlos Xavier. Ele se tornou o primeiro parlamentar da história da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) a perder o posto.

Xavier serviu três mandatos, eleito em 1994, 1998 e 2002 pelo Partido Progressista Brasileiro (PPB) (atual Progressista) e pelo Partido Social Democrático (PSD).

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Via Revista Oeste

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