A influenciadora Deolane Bezerra deixou o Presídio de Buíque, no interior de Pernambuco, no começo da tarde desta terça-feira, 24. Ela não vai precisar usar tornozeleira eletrônica e poderá se comunicar por meio das redes sociais.
A decisão de conceder o habeas corpus à influenciadora partiu do desembargador Eduardo Guilliod Maranhão. Ele também beneficiou Solange Bezerra, mãe de Deolane, além de outros 14 investigados. O pedido foi solicitado pela defesa de Darwin Henrique da Silva Filho, proprietário da Esportes da Sorte.
Deolane Bezerra terá de cumprir medidas cautelares
Embora liberados, os suspeitos terão de cumprir uma série de medidas cautelares. Deolane e os demais estão proibidos de realizar publicidade de plataformas de jogos de azar ou de mencioná-las em seu perfis nas plataformas digitais.
Além disso, não poderão frequentar nenhuma casa de apostas envolvida na investigação nem participar de decisões dentro dessas companhias. Deolane é dona de uma empresa de jogos de azar, a Zero Um Bet.
Restrições adicionais
Diferente da decisão anterior, desta vez a influenciadora não vai precisar usar tornozeleira eletrônica. Contudo, ela terá a liberdade de se comunicar por meio das redes sociais. Deolane e os demais suspeitos só não poderão mudar de endereço sem autorização judicial nem se ausentar da comarca de residência.
Eles devem comparecer à 12ª Vara Criminal da Capital de Pernambuco em 24 horas para assinar um Termo de Compromisso. Deolane já havia sido solta duas semanas atrás, mas voltou para a cadeia depois de descumprir medidas cautelares. Ao deixar o presídio no Recife (PE), Deolane foi recebida por uma multidão de populares que a aguardavam do lado de fora.
Declarações depois da primeira soltura
Enquanto atravessava a multidão, ela declarou, usando um microfone da imprensa: “Foi uma prisão criminosa”. Na ocasião, a assessoria do Tribunal de Justiça de Pernambuco informou que “a investigada Deolane Bezerra Santos teve sua prisão preventiva decretada por descumprimento de medida cautelar estabelecida em acordo do Egrégio Tribunal de Justiça de Pernambuco, na quarta-feira 10, no Fórum Desembargador Rodolfo Aureliano”.
Horas antes da nova decisão, a juíza Andrea Calado da Cruz havia decidido manter a prisão dos indiciados. Ela mencionou a capacidade dos envolvidos de “sustentar uma vida de fuga, dificultando a ação das autoridades e a consecução da Justiça” graças a “recursos financeiros substanciais”.
A juíza acrescentou que “a má vontade dos foragidos com forte poder econômico é um fenômeno alarmante que desafia a efetividade da aplicação da lei penal.