sexta-feira, setembro 20, 2024
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Democratas alertam que financiamento para Biden está ‘secando’

Doadores democratas alertam que o financiamento para a eleição de novembro está “secando” devido à recusa do presidente norte-americano, Joe Biden, em desistir da tentativa de se reeleger. A postura ameaça minar o esforço para derrotar o ex-presidente Donald Trump, do Partido Republicano.

Os doadores tornaram-se uma força crucial na discussão sobre o futuro de Biden. De acordo com o jornal britânico Financial Times, alguns pressionando “agressivamente” para que o presidente se retire da disputa. Enquanto isso, parlamentares democratas hesitam sobre sua candidatura.

A disposição crescente dos doadores de abandonar a campanha do democrata, mencionada em entrevistas com eles de Wall Street a Hollywood, representa um novo risco existencial para a reeleição de Biden. Isso caso ele permaneça na corrida.

“Hoje, seria muito difícil arrecadar dinheiro de grandes doadores para o presidente”, disse um doador democrata de Nova York. “Está se desenrolando tão rapidamente que será extraordinariamente difícil para ele permanecer na corrida.”

Outro doador, envolvido com o Partido Democrata há décadas, afirmou que o dinheiro está “secando”. De acordo com ele, “nove em cada dez quando converso com outros doadores, eles não planejam contribuir porque estão preocupados com a perda.”

Doadores influentes e suas preocupações

Alguns doadores têm sido menos contidos, com vários apoiadores de destaque de Biden, incluindo o cofundador da Netflix, Reed Hastings, e o magnata dos hotéis Stewart Bainum Junior. Nesta semana, o ator George Clooney pediu publicamente a desistência do presidente.

Um arrecadador de fundos democrata disse que um doador de longa data se recusou a ouvir um pedido de mais dinheiro. “É realmente difícil arrecadar qualquer dinheiro”, disse ele. “Desde o debate, [os doadores] passaram de não estar entusiasmados para agora estarem apenas com raiva.”

A campanha de Biden afirmou que o desempenho ruim do presidente no debate contra Trump no mês passado não prejudicou os trabalhos. A equipe falou em $ 38 milhões arrecadados logo depois do evento.

Reações de grandes doadores de Biden

Outro grande doador de Biden, Peter Lowy, ex-presidente executivo do Westfield Group e investidor no clube de futebol Leeds United, doou o valor máximo — $ 929,6 mil — ao grupo de arrecadação conjunta do presidente na segunda-feira.

“Sou um homem de negócios e tomo minhas decisões com base nos resultados”, disse Lowy. O executivo apontou para a economia forte dos EUA sob Biden como uma de suas razões para apoiá-lo.

A arrecadação de fundos de campanha não garante sucesso político nos EUA — Trump venceu Hillary Clinton em 2016, apesar de ter gasto menos —, mas é crucial para campanhas publicitárias multimilionárias e operações de base nos Estados decisivos.

Comparação com a campanha de 2020

Na corrida de 2020, Biden se tornou o primeiro candidato na história dos EUA a arrecadar mais de $1 bilhão. Na ocasião, derrotou Trump, que arrecadou $774 milhões, segundo a consultoria independente OpenSecrets. Incluindo grupos externos, a eleição de 2020 custou mais de $ 2,7 bilhões.

Há quatro anos, a campanha de Trump teve seus próprios problemas financeiros, gastando cerca de um quarto de suas doações, ou mais de $ 76 milhões, em honorários legais. Mas, neste ano, desde que varreu as primárias republicanas, a arrecadação de fundos do ex-presidente alcançou a de Biden.

O apelo de Clooney para que Biden desista pode levar outros a tomar uma posição semelhante. O ator liderou uma arrecadação de fundos de $ 28 milhões em Hollywood no mês passado. Vários doadores de Wall Street agora também estão preparados para pressionar para que Biden se retire. Contudo, eles estão frustrados com a intransigência do presidente dos EUA.

No debate, realizado pela CNN, Trump desafiou Biden a realizar um teste cognitivo | Foto: Reprodução/CNN
No debate, realizado pela CNN, Trump desafiou Biden a realizar um teste cognitivo | Foto: Reprodução/CNN

E mais: “Uma democracia que não é relativa”, por Ana Paula Henkel

Via Revista Oeste

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