sábado, setembro 28, 2024
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Delegado faz vídeo zombando de soltura e volta para a prisão

A Segunda Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJ-AM) determinou o retorno à prisão do delegado Ericson de Souza Tavares, que havia sido detido em flagrante em 23 de março e liberado em junho. Ele é acusado de extorsão mediante sequestro, ameaça e associação criminosa.

O pedido de prisão preventiva foi feito pelo Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Amazonas (MP-AM), depois de Ericson publicar um vídeo em suas redes sociais no dia 28 de junho.

No vídeo, ele aparece ouvindo funk e fazendo gesto obsceno com o dedo do meio, dentro de um carro de luxo, acompanhado de uma mulher.

A publicação foi considerada uma afronta pelos promotores do Gaeco, que alegaram que “o agente insinua em suas redes sociais que está acima da lei”. A atitude causou indignação entre os internautas, que viram o vídeo como um desrespeito às investigações e às vítimas dos crimes.

Ericson se entregou na noite da segunda-feira 22 na Delegacia Geral de Polícia Civil. A decisão de mandá-lo de volta à prisão foi tomada em sessão virtual no mesmo dia, pelos desembargadores da Segunda Câmara Criminal do TJ-AM, que seguiram o voto da relatora Lúcia Cristina Nascimento da Costa Marques.

Histórico do delegado

O delegado Ericson Tavares | Foto: Reprodução/Redes sociais
O delegado Ericson Tavares | Foto: Reprodução/Redes sociais

Ericson era delegado titular do 6º Distrito Integrado de Polícia de Manaus e foi preso em uma operação da PM em Manacapuru, junto com outros oito agentes públicos e dois civis. Depois de mais de dois meses detido, ele foi solto em 6 de junho através de um pedido de habeas corpus de sua defesa.

A polícia chegou ao delegado depois de receber uma denúncia de invasão domiciliar. De acordo com o denunciante, homens de preto que se identificaram como policiais haviam sequestrado duas pessoas. A investigação levou à identificação do delegado e outros três policiais civis como suspeitos.

Com o grupo de Ericson, foram apreendidos coletes à prova de balas, carregadores, munições, celulares e armas de grosso calibre. Além deles, outros cinco PMs e dois civis estão sendo investigados.

Via Revista Oeste

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