quarta-feira, janeiro 29, 2025
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Degradação florestal cresce 497% em 2024 na Amazônia

A degradação florestal na Amazônia Legal cresceu 497% em 2024 e atingiu 36,3 mil km², impulsionada principalmente pelas queimadas. Os dados são da iniciativa MapBiomas e foram divulgados nesta semana.

Em 2024, as queimadas aumentaram quase 80% em relação a 2023 e afetou uma área de mais de 30 milhões de hectares, maior que o Estado do Rio Grande do Sul, na sua maioria coberta por vegetação nativa.

Esse cenário é o pior registrado pelo MapBiomas desde o começo do monitoramento, em 2019. O Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia informou que a quantidade de árvores perdidas em 2024 equivale a mais de mil campos de futebol por dia.

Essa metodologia difere da usada pelo Coordenação-Geral de Observação da Terra, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais.

Amazônia sofreu com degradação em alguns meses do ano

Uma visão de drone mostra um incêndio causado pela queima de vegetação na floresta amazônica, em Apuí, Estado do Amazonas, Brasil, em 8 de agosto de 2024 | Foto: Adriano Machado/Reuters

A degradação foi especialmente acentuada nos meses de agosto e setembro, quando o aumento foi superior a 1.000%. O SAD, desenvolvido em 2008, utiliza satélites da Nasa e da Agência Espacial Europeia para monitorar áreas devastadas a partir de 1 hectare.

O monitoramento do SAD ocorre de agosto de um ano a julho do ano seguinte e coincide com o período de menor cobertura de nuvens na Amazônia.

Já o desmatamento na Amazônia caiu 7% em 2024, com a derrubada de 3,7 mil km² de floresta, em comparação a 4 mil km² em 2023. Essa redução é significativa em relação a 2022, quando 10,5 mil km² foram destruídos, o que representa uma queda de 65%.

No desmatamento, há a remoção total da vegetação, geralmente para atividades agrícolas ou pecuaristas. Já na degradação há danos parciais na floresta, com a permanência de parte da vegetação, mas com impactos significativos. Essas situações podem ser causadas por queimadas ou extração de madeira, por exemplo.

Via Revista Oeste

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