A defesa do ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques pediu novamente a transferência dele para um presídio especial. Agora, o advogado Eduardo Nostrani usa como base a situação dos policiais envolvidos no caso Genivaldo para obter êxito.
Os três agentes expulsos da PRF após a morte de Genivaldo de Jesus no caso conhecido como “câmara de gás” estão em um presídio especial para policiais em Aracaju (SE).
Já houve decisão de transferência, mas a defesa conseguiu mantê-los na cela especial.
Genivaldo morreu após uma blitz da PRF, quando três agentes o abordaram e o colocaram na parte de trás da viatura, algemado, com gás lacrimogêneo dentro — o que gerou o termo “câmara de gás”.
Após processo interno, os três foram demitidos do serviço público, mas estão em presídio para policiais.
É com esse argumento que a defesa de Silvinei Vasques também tenta a transferência.
O ex-diretor-geral da instituição está detido no Complexo da Papuda, em Brasília, desde 9 de agosto do ano passado. A unidade conta com setor especial para policiais e ex-policiais, e é para essa ala que o agente quer ir.
O pedido foi feito na sexta-feira (23) à Justiça do Distrito Federal, que não tem prazo para decidir.
Silvinei está preso preventivamente no âmbito da investigação que apura as blitze da PRF realizadas no segundo turno das eleições presidenciais de 2022, em especial no Nordeste, onde mais de 2 mil ônibus foram parados.
A suspeita é que a ação tenha sido realizada para impedir que eleitores do então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chegassem aos locais de votação.
Desde agosto, o Supremo Tribunal Federal, responsável por autorizar a prisão de Silvinei, já negou três pedidos de revogação de prisão e transferência de Brasília para Santa Catarina, onde ele mora.
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