A Polícia Federal (PF) prendeu na manhã deste domingo (24) três suspeitos de serem os mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.
Dentre os detidos está o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ) Domingos Brazão. Em entrevista à jornalistas, a defesa do ex-deputado afirmou que “ele não conhecia Marielle, não tinha nenhuma ligação com a Marielle”.
“Agora cabe à defesa provar isso”, afirmou o advogado Ubiratan Guedes. Contudo, ele afirmou que a defesa ainda não obteve acesso aos autos e que não teria conhecimento sobre a acusação contra seu cliente.
“O advogado em Brasília vai pegar a cópia dos autos, vai quebrar o segredo de justiça para ver qual a imputação contra ele [Domingos Brazão]”, explicou Ubiratan Guedes.
Em entrevista à CNN, o advogado disse ter conversado com Domingos nesta manhã, que teria reforçado não ter “nada haver com esse fato” e que estaria “confiante na justiça”.
De acordo com informação divulgada pela PF, foram presos os “autores intelectuais dos crimes de homicídio”. O nome dos mandantes foi revelado pelo ex-policial Ronie Lessa, em acordo de delação premiada.
A ação foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. Uma operação conjunta formada pela Polícia Federal, Procuradoria Geral da República e Ministério Público do Rio de Janeiro cumpriu as prisões, neste domingo.
A investigação entende que o caso Marielle foi de execução, devido ao trabalho da parlamentar. O motorista Anderson Gomes também morreu no episódio, ocorrido em março de 2018.
A polícia ainda está nas ruas para cumprir 12 mandados de busca e apreensão na sede da Polícia Civil do Rio e no Tribunal de Contas do Estado.
*Sob supervisão de Ligia Tuon; com informações de Rodrigo Monteiro, da CNN Brasil
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