Depois de Alexandre de Moraes arquivar, na quarta-feira, 24, ação contra Jair Bolsonaro por visita do ex-presidente à Embaixada da Hungria, em Brasília, a defesa do político voltou a protocolar no Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido de devolução do seu passaporte.
Esta será a segunda vez que os advogados solicitam o documento para que Bolsonaro possa viajar para Israel. Ele recebeu um convite do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, para participar de um evento no país entre 12 e 18 de maio.
No fim de março, quando o primeiro pedido foi feito, o ministro da Corte seguiu o entendimento da Procuradoria-Geral da República (PGR) e negou a restituição do passaporte. Na ocasião, Bolsonaro justificou que pretendia visitar a zona de conflito em Israel.
“Recebi uma carta do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, que, por acaso, é capitão do Exército também, me convidando para visitar o seu país para que eu vá naquela região do conflito, ou melhor, do massacre, da covardia, a região do terrorismo praticado pelo Hamas contra Israel”, disse Bolsonaro, em recente evento em Salvador (BA).
Motivo da apreensão
Moraes determinou a apreensão do passaporte de Bolsonaro em 15 de janeiro. A entrega foi feita em 8 de fevereiro. O político é investigado pela Polícia Federal (PF) por uma suposta tentativa de golpe, em 2022. Entre as medidas cautelares impostas pelo ministro está a proibição de se ausentar do país.