A Secretaria de Estado da Defesa Civil (Sedec) realizou, nessa terça-feira (15), uma mesa-redonda com o tema “Desnaturalizando Desastres”, que faz parte da programação da I Semana Estadual de Redução de Riscos e Desastres.
O evento contou com a participação do professor Edmundo Ximenes, doutor em Políticas Públicas, e da Professora Sammya Chaves, doutora em Geografia, que realizaram apresentações sobre o tema, revisitando os conceitos clássicos de desastres e prevenção, mostrando a sua evolução sob a perspectiva das políticas públicas.
Para a Conselheira Titular do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Piauí (Crea-PI) e engenheira da Diretoria de Engenharia Defesa Civil, Joyce Medeiros, o debate é de enorme necessidade para o CREA e à Defesa Civil Estadual.
“É um assunto de grande importância para a sociedade e trazer esse tema para dentro do CREA é essencial. Saber que a Defesa Civil compartilha e levanta a mesma bandeira de proteger a sociedade, estar sempre atenta aos riscos da natureza, de alguma estrutura em situação de desastre e manter sempre a população com essa ideia de segurança”, destaca a engenheira.
De acordo com Edmundo Ximenes, é crucial enxergar que toda a sociedade tem que partilhar a solução e a efetividade de uma cidade segura para todos.
“Foi um importante momento porque é uma reflexão que a gente faz no sentido de compreender que os desastres, os seus efeitos e as causas são resultados da intervenção humana. Então, é necessário desconstruir isso e a reflexão que foi colocada e posta aqui na mesa foi porque o modo que a gente enxerga tem influência na tomada de decisões”, afirma o professor.
Segundo Sammya Chaves, a discussão dos temas foi destacada pela conceituação de desastres e a desmistificação do natural.
“Trouxemos para discussão como pano de fundo o exemplo da política pública do Plano Comunitário de Redução de Riscos de Desastres, uma política do Ministério das Cidades, da Secretaria Nacional de Periferias, cujo objeto maior é empoderar as comunidades assentadas em áreas de risco”, ressalta a professora.