A Defensoria Pública do Rio Grande do Sul ajuizou, nesta sexta-feira, 31, uma ação de R$ 50 milhões contra a Cobasi. A loja foi responsabilizada pela morte de mais de 40 animais, durante o alagamento que atingiu Porto Alegre (RS).
A Cobasi é uma das maiores varejistas do ramo de produtos para animais de estimação do Brasil.
“Em uma das lojas, que fica no subsolo de um shopping, dezenas de aves, peixes e roedores foram deixados durante a inundação que afetou o espaço em 3 de maio”, informou a Defensoria Pública, em comunicado.
Testemunhas afirmam que, mesmo com o fechamento da loja, ainda era possível acessar o local nos dias seguintes, para fazer a retirada dos animais. No entanto, não o fizeram.
“Fica evidente que a requerida teve cinco dias para tirar os animais de forma segura”, afirma o defensor público e dirigente do Núcleo de Defesa Ambiental da DPE, João Otávio Carmona Paz, que assina a ação. “Contudo, mesmo ao observar o nível da água subir, nada fez. Nenhuma testemunha menciona ter visto algum funcionário da loja ir até o local conferir os animais, sequer para ver se tinham comida e água.”
Gerente da Cobasi teria recebido ordens para aguardar a evolução do alagamento
De acordo com a nota da defensoria, a gerente da loja afirmou que seguiu ordens para aguardar a evolução do alagamento. Além disso, teria deixado água e comida para os animais, suficientes para dois ou três dias. “No entanto, ela não voltou mais ao shopping”, afirma a defensoria. Nessa loja, ao menos 38 animais foram mortos.
Em outra loja, os funcionários fecharam o estabelecimento. Eles alegaram que deixaram comida e água para cinco dias, mas não voltaram mais ao local por uma semana.
“O resultado só não foi o mesmo da unidade do shopping, porque ativistas entraram na loja e retiraram os animais”, informou a Defensoria Pública do Rio Grande do Sul. “Mesmo assim, quatro animais morreram.”