terça-feira, setembro 17, 2024
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Defasagem da tabela do Imposto de Renda chega a 122%; veja

A tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) continua defasada em 122%. É o que mostram os dados da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Unafisco). Isso significa que mais de 15,5 milhões de brasileiros seriam isentos do imposto, caso ocorresse a correção, o que não acontece desde 1996.

Apesar de o governo federal ampliar a faixa de isenção do Imposto de Renda para contribuintes com renda de até dois salários mínimos (R$ 2,8 mil), fazendo com que 1,1 milhão de pessoas deixassem de pagar o imposto, a defasagem de 122% persiste.

O sindicato que representa os auditores fiscais da Receita Federal considera a inflação de março para chegar ao porcentual. Segundo a Unafisco, o patamar necessário para a correção se mantém significativo, mesmo com as atualizações parciais aplicadas no governo de Luiz Inácio Lula da Silva.

Confira a tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física com correção:

Faixa Alíquota (em %)
até R$ 5.012,38 isento
de R$ 5.012,39 a R$ 7.441,38 7,5%
de 7.441,39 a R$ 9.874,93 15%
de R$ 9.874,94 a R$ 12.280, 14 22,5%
acima de R$ 12.280,14 27,5%

“Representa um sério impacto aos contribuintes que se encontram nesse patamar de renda que permite a isenção do IRPF”, acrescenta a Unafisco. O sindicato declarou também que a defasagem para as demais faixas de tributação chega a 163%.

Tabela de Correção do Impos… by tauanycattan

O que é a defasagem do Imposto de Renda

A defasagem indica quanto o salário máximo para isenção precisa ser corrigido para contemplar o avanço da inflação. O cálculo da Unafisco usa como referência o ano de 1996. Na prática, os trabalhadores passam a ter de declarar para a Receita Federal, mesmo com a diminuição do poder de compra por causa da inflação.

“A Unafisco Nacional recomenda uma revisão completa na tabela do Imposto de Renda, a fim de garantir uma tributação justa e equitativa para todos os contribuintes”, alegou o sindicato.

Atualmente, há 17,75 milhões de brasileiros isentos, de acordo com o sindicato dos auditores fiscais da Receita Federal. O número aumentaria para 33,29 milhões com a correção integral da tabela, ou seja, uma alta de 15,54 milhões em beneficiados.

A medida representaria R$ 200,6 bilhões a menos nos cofres públicos. A Unafisco projeta uma arrecadação de R$ 312,26 bilhões em 2025. O valor diminuiria para R$ 111,66 bilhões com o maior número de isentos.

Via Revista Oeste

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