Nesta quarta-feira, 29, a Itália proibiu o aplicativo chinês de inteligência artificial (IA) DeepSeek. A plataforma foi removida das lojas virtuais Google Play e App Store. A decisão ocorreu depois da Autoridade de Proteção de Dados italiana (DPA) solicitar mais detalhes sobre o armazenamento de dados dos usuários pela empresa.
Até nova decisão, a plataforma seguirá proibida no país. A DeepSeek tem 20 dias para fornecer as informações requeridas ao governo italiano.
Em comunicado, a DPA disse que há “elevado risco para os dados de milhões de pessoas”. O aplicativo DeepSeek alcançou grande popularidade nos últimos dias e se tornou um dos mais baixados em países como o Brasil e os Estados Unidos. A DPA quer saber que tipo de informações são usadas pela inteligência artificial.
“O órgão solicitou às empresas que tipo de informação é utilizada para treinar o sistema de inteligência artificial e, no caso de coleta de dados pessoais por meio de atividades de raspagem de dados, esclarecer como os usuários cadastrados e não cadastrados do serviço foram ou são informados sobre o tratamento dos seus dados”, informa a DPA.
Coleta de dados da DeepSeek
O órgão também busca esclarecer como ocorre a coleta de dados pessoais. O comunicado não menciona o banimento do aplicativo das lojas virtuais, nem ações provisórias contra o DeepSeek. A Irlanda também solicitou à empresa explicações sobre o armazenamento de dados.
Governos internacionais demonstram preocupação com a possibilidade de transferência de dados para servidores na China. A DeepSeek informou que o armazenamento das informações dos usuários está em conformidade com as “leis de proteção de dados aplicáveis” da China.
A DeepSeek tornou-se uma das principais concorrentes do ChatGPT, da OpenIA, empresa norte-americana.