Depois de deixar o país sob a alegação de perseguição política por parte do Supremo Tribunal Federal (STF), a deputada Carla Zambelli (PL-SP) se pronunciou sobre a decisão do ministro Alexandre de Moraes que determinou sua prisão. A deliberação foi publicada nesta quarta-feira, 4.
Zambelli anunciou seu pedido de licenciamento do cargo e ida para a Europa ao ter sido condenada a dez anos de cadeia por supostamente ter comandado a invasão a sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
“Nossa Constituição é clara: um deputado federal só pode ser preso em flagrante e por crime inafiançável”, declarou a deputada. “Nada disso ocorreu. Ainda assim, um único ministro decidiu, de forma monocrática, rasgar o devido processo legal, ignorar a imunidade parlamentar e violentar a democracia.”
A parlamentar também disse que “uma medida dessa gravidade jamais poderia ser tomada de forma monocrática”. Porém, que “o mais grave foi o ataque à minha família”.
Zambelli denuncia bloqueio de contas

Ainda ao se pronunciar sobre a decisão de Moraes, a deputada disse que a decisão do ministro determina o “bloqueio da conta de Instagram do meu filho, João Zambelli, um jovem de apenas 17 anos que está iniciando sua trajetória na vida pública”.
“Com isso, não atacou apenas a deputada ou a cidadã Carla Zambelli”, prosseguiu. “Ele atacou uma mãe.Não bastasse isso, mandou também bloquear as contas da minha mãe, Rita Zambelli, que é pré-candidata a deputada federal. Ao fazer isso, atinge não apenas a cidadã, mas também a filha.”
A parlamentar destacou que vai continuar denunciando “esse abuso, essa perseguição e essa escalada autoritária em todos os fóruns internacionais possíveis”.
“O mundo precisa saber que, no Brasil, ministros do Supremo agem como imperadores, atropelando leis, calando vozes, destruindo famílias”, declarou. “Essa perseguição política está apenas começando a ser exposta.”