Com Oppenheimer favorito a Melhor Filme, a cerimônia do Oscar acontece na noite deste domingo (10). Tradicionalmente, películas com a temática esportiva costumam aparecer na premiação.
Isso quando não saem vitoriosos, como aconteceu em 2018, quando a lenda da NBA e ex-camisa 8 e 24 do Los Angeles Lakers, Kobe Bryant, levou a estatueta de Melhor Curta Animado por “Dear Basketball”. Mas outras obras de ficção conseguiram ainda mais destaque ao longo de quase um século de Oscar.
Alguns, inclusive, chegaram a vencer Melhor Filme. Outros, se saíram de mãos abanando ao final da noite, são lembrados até hoje como marcos. Por isso, relembre dez filmes de esporte que se destacaram no principal prêmio do cinema mundial.
Rocky – Um Lutador
A cerimônia de 1977 é uma das mais clássicas. Rocky – Um Lutador saiu vitorioso em três categorias — Melhor Filme, Melhor Direção para John G. Avildsen e Melhor Edição para Richard Halsey e Scott Conrad.
No principal prêmio da noite, o filme desbancou Todos os Homens do Presidente, Esta Terra É Minha Terra, Rede de Intrigas e Taxi Driver. Ainda concorreu a outros seis prêmios — em Ator Coadjuvante, teve dupla indicação com Burgess Meredith e Burt Young.
Touro Indomável
No domingo (10), Martin Scorsese concorre a Melhor Diretor por Assassinos da Lua das Flores, longa que também está entre os finalistas a Melhor Filme. O veterano cineasta, dono de longas lendários como Os Bons Companheiros, Os Infiltrados e o anteriormente citado Taxi Driver, já se aventurou (e fez história) em uma película com temática esportiva. Touro Indomável, assim com Rocky – Um Lutador, conta a história de um boxeador.
Ao contrário do filme protagonizado pelo fictício Rocky Balboa, de Sylvester Stallone, a história de Scorsese é inspirada na vida de Jake LaMotta. Touro Indomável deu a Robert De Niro o Oscar de Melhor Ator e o de Melhor Montagem a Thelma Schoonmaker em 1981. Ainda concorreu a outras seis estatuetas, mas a noite foi de Gente como a Gente, que levou prêmios como Melhor Filme e Melhor Direção para Robert Redford.
Carruagens de Fogo
Um ano depois, na cerimônia de 1982, mais um filme com temática esportiva concorreu a uma série de estatuetas — e Carruagens de Fogo, que conta a história real de dois atletas buscando a glória olímpica nos Jogos de 1924, saiu como “campeão” da noite do Oscar.
Levou Melhor Filme e deu Melhor Roteiro Original a Colin Welland, Melhor Figurino a Milena Canonero e Melhor Música a Vangelis por “Titles”, que depois passou a ser identificada pelo original nome do filme, “Chariots of Fire”.
Menina de Ouro
Na cerimônia de 2005, mais um filme com o boxe no centro das atenções se destacou. Menina de Ouro teve sete indicações ao Oscar e conseguiu fazer a dobradinha com Melhor Filme e Melhor Direção para Clint Eastwood, além de ter vencido ainda Melhor Ator Coadjuvante com Morgan Freeman e dado à protagonista do filme, Hilary Swank, a estatueta de Melhor Atriz.
Um Sonho Possível
Polêmicas à parte sobre a história de Michael Oher, ex-jogador da NFL, Um Sonho Possível foi um dos nomeados a Melhor Filme, em 2010, em uma cerimônia na qual Guerra ao Terror foi o grande vitorioso — o longa venceu a categoria principal e foi o responsável por premiar Kathryn Bigelow com o primeiro Oscar de Melhor Direção a uma mulher. Sandra Bullock, com Um Sonho Possível, saiu com a estatueta de Melhor Atriz.
O Homem que Mudou o Jogo
Talvez um dos filmes sobre esportes mais lembrado da última década, O Homem que Mudou o Jogo teve reconhecimento da Academia, sendo, ao lado de Cavalo de Guerra, o terceiro longa com mais indicações na cerimônia de 2012: seis, contra 11 de A Invenção de Hugo Cabret e 10 de O Artista (que acabaria como o vencedor da noite ao levar Melhor Direção com Michel Hazanavicius e Melhor Filme).
Em O Homem que Mudou o Jogo, Brad Pitt interpreta Billy Beane, gerente do Oakland Athletics, franquia da MLB, a principal liga de baseball dos Estados Unidos. No longa, o dirigente é o responsável por liderar uma melhora significativa nos resultados da equipe após promover uma revolução estatística, desafiando o status quo dos olheiros e tradicionalistas do esporte.
Eu, Tonya
Margot Robbie não está indicada a Melhor Atriz em 2024 por Barbie. Mas, na cerimônia de 2018, ela concorreu ao prêmio por Eu, Tonya, filme no qual interpreta Tonya Harding, patinadora artística suspeita de participar de uma conspiração para agredir uma adversária às vésperas dos Jogos Olímpicos de Inverno de 1994.
Mas quem deu uma estatueta a Eu, Tonya foi mesmo Allison Janney, vencedora em Melhor Atriz Coadjuvante. A película ainda tentou levar Edição, que acabou com Dunkirk. Foi o ano de A Forma da Água, filme de Guillermo del Toro que faturou Filme, Direção, Trilha Sonora Original e Design de Produção.
Ford v Ferrari
Se Ferrari não conseguiu uma indicação sequer ao Oscar de 2024, Ford v Ferrari concorreu a quatro, incluindo Melhor Filme e Melhor Mixagem de Som na cerimônia de 2020, que acabou dominada por Parasita, vencedor de Melhor Filme, Melhor Direção, Melhor Filme Internacional e Melhor Roteiro Original.
Ford v Ferrari levou uma das principais categorias, Montagem, e Edição de Som para confirmar o refino técnico da produção. O longa traz luz à história sobre a busca da Ford por derrotar a Ferrari em uma das principais provas do automobilismo mundial, a 24 Horas de Le Mans, na França, em 1966.
King Richard: Criando Campeãs
King Richard: Criando Campeãs chegou à cerimônia de 2022 concorrendo a seis prêmios e como favorito a vencer o Oscar de Melhor Ator. E foi o que aconteceu. Will Smith finalmente levou uma estatueta para casa.
Só que a noite ficou mesmo marcada pelo tapa que o intérprete do pai das lenda dos tênis Venus e Serena Williams deu em Chris Rock após uma piada sobre Jada Pinkett Smith, esposa de Smith. Foi o ano da surpreendente vitória de No Ritmo do Coração como Melhor Filme.
Nyad
Neste ano de 2024, Nyad é o representante esportivo. O longa-metragem da Netflix conta a história da nadadora Diana Nyad. Aos 64 anos, ela teria atravessado o Estreito da Flórida, trecho de 170 quilômetros em mar aberto de Cuba aos Estados Unidos, em 2013, após quase 53 horas. A obra concorre a Melhor Atriz com Annette Bening e a Melhor Atriz Coadjuvante com Jodie Foster.