sábado, abril 19, 2025
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De novo, governo Lula enfrenta denúncia de assédio em ministério

Desde o primeiro ano de gestão, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva enfrenta uma série de acusações de assédio moral e sexual. Dessa vez, as atenções se voltaram para o Ministério da Justiça, onde surgiram novas denúncias de assédio moral na Diretoria de Cidadania e Alternativas Penais (Dicap) da Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen).

Situações como essa não é novidade. Em setembro de 2024, no caso em que culminou na demissão de Silvio Almeida, então ministro dos Direitos Humanos, o presidente declarou que “alguém que pratica assédio não ficaria no governo”. Almeida foi acusado de assediar sexualmente um grupo de mulheres, entre elas, a ministra Anielle Franco, da Igualdade Racial.

Além disso, o movimento negro destacou uma crise no governo depois de uma matéria do site Alma Preta revelar que 17 servidores relataram um ambiente de tensão e insegurança no Ministério das Mulheres, sob a ministra Cida Gonçalves.

Acusações no Ministério da Justiça de Lula

O ministro da Justiça e da Segurança Pública, Ricardo Lewandowski: negociação com governadores acerca da autonomia no comando das policias | Foto: Jamile Ferraris/MJSP
O ministro da Justiça e da Segurança Pública, Ricardo Lewandowski | Foto: Jamile Ferraris/MJSP

Na pasta da chefiada pelo ministro Ricardo Lewandowski, a diretora da Dicap, Mayesse Silva Parizi, e a coordenadora de gabinete Suzana Inês de Almeida e Silva receberam acusações de perseguições e práticas abusivas.

As denúncias, divulgadas pela Agência Pública, sugerem que a situação persiste desde 2023. À época, o agora ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino liderava o ministério.

Pelo menos 15 pessoas afirmam ter sofrido humilhações e demissões injustas na Dicap. Os depoimentos incluem acusações de que as gestoras “desprezam quem não as bajula” e “subestimam a inteligência da equipe”.

Muitos funcionários alegam ter adoecido e relataram crises de ansiedade e burnout em razão de um ”ambiente tóxico”. Desde 2023, cerca de 30 profissionais mudaram de função, foram demitidos ou decidiram deixar seus cargos.

Defesas e investigações em andamento

Ministério da Justiça e Segurança Pública
Fachada do Palácio da Justiça, em Brasília | Foto: Divulgação/Ministério da Justiça e Segurança Pública

Mayesse Silva Parizi e Suzana Inês de Almeida e Silva negaram todas as acusações e destacaram que suas atuações sempre foram éticas ao longo de 15 anos de serviço público.

O Ministério da Justiça reafirmou que repudia qualquer forma de assédio e aguarda o resultado das investigações. O órgão que conduz o caso é a Controladoria-Geral da União (CGU).

Com mais este ocorrido, as denúncias de assédio no governo Lula aumentaram significativamente. Nos primeiros oito meses de 2023, a CGU registrou cerca de 4 mil reclamações, em contraste com 730 no mesmo período de 2022, durante a administração de Jair Bolsonaro.

Para combater essa situação, a CGU publicou diretrizes para prevenir assédio e discriminação.

Via Revista Oeste

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