A Dasa e a Amil finalizaram um acordo de fusão que cria a segunda maior rede hospitalar do Brasil, conforme comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) nesta sexta-feira, 14.
A nova entidade, denominada Ímpar Serviços Hospitalares, integra 25 hospitais e centros oncológicos, com 4,4 mil leitos, especialmente na Região Sudeste e no Distrito Federal.
O negócio é uma será administrado em conjunto pelas duas empresas e terá como presidente executivo Lício Cintra, CEO da Dasa desde fevereiro.
Amil e Dasa terão 50% do capital cada, com faturamento anual estimado de R$ 10 bilhões. A nova rede perde em tamanho apenas para a Rede D’or, que tem 11.700 leitos.
As negociações começaram há seis meses, quando o fundador da Qualicorp, José Seripieri Filho, adquiriu a Amil por R$ 11 bilhões e iniciou conversas com a família Godoy Bueno, controladora da Dasa.
A Dasa também recebeu propostas da Alliança Saúde, mas as negociações não avançaram.
A fusão aliviará financeiramente a Dasa, que transferiu R$ 3,85 bilhões dos R$ 9,6 bilhões em dívidas para a Ímpar. A empresa ainda pode segregar sua participação de 50% no novo empreendimento caso escolha uma eventual listagem na bolsa de valores. Não haverá aporte de dívida líquida da Amil.
“O Acordo de Associação estabelece uma nova parceria entre duas empresas relevantes no setor e que atuam de maneira mais abrangente em saúde, incluindo os segmentos de diagnósticos e de operadores de planos de saúde”, diz o fato relevante.
A receita líquida combinada das empresas foi de R$ 9,9 bilhões no ano passado, com lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) estimado em R$ 777 milhões.
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O conselho de administração da Ímpar terá três representantes de cada empresa e três independentes. Dulce Pugliesi, cofundadora da Amil, será a presidente do conselho.
Veja os hospitais que vão fazer parte da fusão
Os hospitais da Amil que passam para a Ímpar incluem Hospital Samaritano Higienópolis (SP), Hospital Samaritano Paulista (SP), Hospital Alvorada Moema (SP), Hospital e Maternidade Madre Theodora (SP), Hospital Pró-Cardíaco (RJ), Hospital Samaritano Botafogo (RJ), Hospital Samaritano Barra (RJ), Hospital Vitória Barra (RJ), Hospital e Maternidade Santa Lúcia (RJ), Hospital Alvorada Brasília (DF) e Hospital Santa Joana Recife (PE).
Da Dasa, os hospitais são: Hospital Paraná (PR); Hospital Nove de Julho (SP), Unidade Nove de Julho Alphaville (SP), Hospital Santa Paula (SP), Hospital Leforte Liberdade (SP), Hospital Leforte Morumbi (SP), Innova Hospital (SP), Hospital Cristóvam da Gama (SP); Hospital São Lucas Copacabana (RJ), Complexo Hospitalar Niterói (RJ), Hospital do Carmo (RJ); Maternidade Brasília (DF), Hospital Brasília Águas Claras (DF), Hospital Brasília (DF).
Ficaram de fora do acordo o Hospital Promater (RN), Hospital Monte Klinikum (CE) e Hospital Maternidade Santa Lucia (RJ) da Amil, além dos hospitais e unidades de oncologia da Dasa no Nordeste (Hospital São Domingos, Hospital da Bahia e AMO).
O negócio ainda precisa ser aprovado pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Até lá, as operações continuam independentes.