CEO do Ultimate Fighting Championship, Dana White está prestes a realizar uma importante mudança na categoria. O sistema de ranqueamento vem dando dor de cabeça e entrou na mira do chefão norte-americano.
Recentemente, White questionou duas situações que envolvem o ranking do UFC. A primeira foi a frustração com a posição de Khalil Rountree após a luta contra o brasileiro Poatan.
A vitória de Renato Moicano sobre Benoit Saint Denis, no UFC Fight Night em setembro, também tirou o empresário do sério. O lutador brasileiro seguiu estacionado no ranking mesmo com o triunfo.
“Eu simplesmente não consigo lidar com a incompetência, não aguento mais. Isso está me deixando louco. Não posso mais deixar que pessoas em quem eu não acredito saibam do que diabos estão falando. Tenho que descobrir uma solução”, questionou White em coletiva nesta terça-feira (15).
A lista dos maiores lutadores da modalidade é realizada desde 2013 por um grupo de veículos selecionados pelo UFC. Sem dar detalhes, White garantiu que pretende mudar o sistema de ranking.
“Tenho uma reunião com pessoas que estão vindo até mim dizendo que têm uma solução para esse problema. Deus, espero que eles estejam certos. Porque eu vou mudar isso. A mídia não vai mais controlar os rankings no UFC”, decretou.
Dana White rechaçou a ideia do próprio UFC controlar seu ranking. Para ele, a categoria teria dificuldade com a imparcialidade na elaboração do rannking e sugeriu uma terceir via para solucionar essa questão.
“Não podemos fazer isso. Não acho que seja certo fazermos os rankings. Não importa o quão imparcial você tente ser, é impossível. Vou ser honesto, há alguns lutadores dos quais não gosto. Há lutadores dos quais realmente gosto. Há coisas que são boas para o negócio. Eu não quero isso em nossas mãos de jeito nenhum. Tem que haver uma terceira parte ou IA (inteligência artificial) ou algo que faça as classificações”, concluiu.
Renato Moicano já havia disparado contra o UFC após atropelar Benoit Saint Denis. O brasileiro esperava subir no ranking da categoria peso-leve, mas se manteve em 11° na divisão.
“Essa é a primeira vez que eu vejo alguém destruir seu adversário e não subir no ranking. Se os rankings do UFC não são uma completa palhaçada, eu deveria ser ranqueado como sexto colocado dos leves. Por que? Nos últimos oito meses, lutei três vezes e estou numa sequência de seis vitórias entre os pesos-leves, com cinco interrupções”, questionou.