Há 28 anos, os eleitores brasileiros usam a urna eletrônica para decidir seus representantes políticos, e em 2024 não será diferente.
No dia 6 de outubro, os eleitores vão utilizar o aparelho para votar em candidatos aos cargos de prefeito, vice-prefeito e vereador de suas cidades.
A CNN explica agora o funcionamento da urna eletrônica do momento do voto até a apuração dos resultados. Confira:
A urna eletrônica é um tipo de microcomputador criado especificamente para contabilizar votos em eleições.
Ela conta com pequenas dimensões, recursos de segurança e três cartões de memória, que dispõem de informações sobre os eleitores e os candidatos.
A urna eletrônica foi usada pela primeira vez no Brasil em 1996, mas não é a mesma — o aparelho passa por atualizações ao longo do tempo.
O próprio Tribunal Superior Eleitoral (TSE) desenvolveu o programa usado na votação. Já a parte física do equipamento, conhecida como hardware, foi adquirida pela Justiça Eleitoral por um processo de licitação.
Antes de serem utilizadas nas votações, as urnas são levadas à Justiça Eleitoral de cada estado para passarem por testes.
Um dos cartões de memória do aparelho é usado par transmitir os dados da seção eleitoral para o Tribunal Regional Eleitoral (TRE).
Ainda há um terceiro chip reserva caso algo aconteça com os outros.
Além disso, uma assinatura digital é verificada para garantir a validade do resultado de cada seção eleitoral e garantir o resultado.
Ao fim da votação, os dados obtidos pela urna ao longo do dia são criptografados. Ou seja, são bagunçados para que terceiros não consigam ter acesso.
Dessa forma, não é possível saber em quem o eleitor votou. A urna apenas grava a indicação.
A Constituição Federal brasileira determina o sigilo do voto.
A contagem dos votos é feita de forma automática pela própria urna eletrônica.
Um código, digitado pelo presidente da mesa, “comunica” à máquina que as votações foram encerradas. Depois disso, a urna eletrônica imprime cinco boletins de urna, que contam com a quantidade de votos que cada candidato recebeu.
A urna eletrônica não tem ligação com a internet.
Quando a votação é encerrada, os dados armazenados nos cartões de memória das urnas são criptografados e enviados até o Tribunal Regional Eleitoral, onde há um servidor central para totalizar a contagem de votos.
O boletim, antes criptografado, é decifrado pelo TRE e diversas verificações são feitas para garantir a autenticidade do resultado. Caso alguma incongruência seja encontrada, o boletim é descartado.
Os boletins são divididos. Um é guardado pelo presidente da seção eleitoral, outro é enviado à fiscalização, dois são destinados ao cartório eleitoral e o último é fixado na porta da seção eleitoral, disponível ao público.
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