O Cruzeiro passou a temer, nas últimas horas, ficar sem torcida no jogo contra o Palmeiras, pela 37ª rodada do Campeonato Brasileiro, marcado para as 21h30 da próxima quarta-feira (4), no Mineirão, em Belo Horizonte.
Na última semana, o vice-governador de Minas Gerais, Mateus Simões, defendeu que o jogo tenha torcida única.
Ele mostrou preocupação com o reencontro das torcidas de Cruzeiro e Palmeiras depois da emboscada feita pela Mancha Verde, organizada da equipe paulista, contra a Máfia Azul, da Raposa, no fim de outubro. Um torcedor celeste acabou morto no episódio.
Logo após a declaração de Simões, o Palmeiras acionou a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para evitar o jogo de torcida única em Belo Horizonte.
O Verdão alegou que, caso a partida só tenha torcedores do Cruzeiro, o “princípio da isonomia (igualdade) será ferido”. Vale lembrar que, no duelo pelo primeiro turno do Brasileirão, cruzeirenses puderam acompanhar a partida entre os clubes no Allianz Parque, em São Paulo.
A Itatiaia apurou que a CBF concordou com as alegações do Palmeiras e avisou ao Cruzeiro, extraoficialmente, que o jogo receberá as duas torcidas ou será disputado com portões fechados no Mineirão.
Diante deste cenário, a diretoria celeste já buscou diálogo com o Governo de Minas para tentar resolver a situação, mas ainda não obteve resposta.
Procurada, a Polícia Militar de Minas Gerais, que nos bastidores defende o jogo com torcida única, não respondeu aos questionamentos da reportagem. Em caso de resposta, o texto será atualizado.
O jogo pela 37ª rodada poderá ter contornos de decisão para as duas equipes. Enquanto o Palmeiras briga pelo título do Campeonato Brasileiro — está a três pontos do líder Botafogo —, o Cruzeiro disputa uma vaga na Libertadores de 2025. O time celeste é o 7º colocado com 48 pontos.
Antes da partida contra o Palmeiras, a Raposa entra em campo para medir forças com o Bragantino, em jogo marcado para as 18h30 de domingo (1º), no Nabi Abi Chedid, em Bragança Paulista.