A empresa Villa Vie Residences se programou para partir de Belfast, na Irlanda do Norte, em 30 de maio. Mas, após alguns contratempos inesperados, o navio — o Villa Vie Odyssey — não saiu. Os passageiros foram enviados para casa para aguardar uma nova data de partida.
À CNN Travel, o CEO Mikael Petterson disse, no sábado (27), que o cruzeiro deve zarpar nesta terça-feira (30), mas a viagem ainda pode ser adiada por um ou dois dias. “Vamos partir na próxima semana com certeza”, afirmou o executivo.
Essa companhia quer ser a primeira a ter um cruzeiro residencial velejando o mundo — por um bom preço —, mas atrasou a partida em dois meses. Antes disso, também houve um cruzeiro de três anos que nunca zarpou.
A empresa descobriu que o navio estava com problemas nos tanques de águas cinza e precisava de novos eixos do leme, segundo Petterson. A Villa Vie havia comprado o navio da companhia Fred. Olsen Cruise Lines, que chamou a embarcação de Braemar.
Petterson mencionou que o prazo apertado entre a entrega do navio e a sua partida não permitiu a realização de grandes obras.
“Refletindo agora, percebo que deveria ter previsto mais tempo [entre a entrega e a saída do navio], disse ele, embora admita que provavelmente a viagem teria sido adiada “por algumas semanas” mesmo sem esses problemas.
Hóspedes enviados para casa
Os clientes que aguardavam para embarcar em Belfast foram enviados para outros cruzeiros europeus, disse ele. “Mas quando descobrimos problemas com os eixos do leme, mandamos todos para casa e dissemos que os traríamos de volta quando tivéssemos uma data definida para zarparmos”.
Ele estima que cerca de 12 pessoas esperam pelo cruzeiro em Belfast. Outros ganharam passagens flexíveis, para retornarem a curto prazo quando o navio estiver pronto.
Para quem teme a mesma situação com o Life at Sea, cancelado dias antes da partida prevista em novembro, Petterson (que fez parte da equipe de lançamento do Life at Sea antes de sair da empresa em 2022) afirma que o navio já saiu da doca seca e está aguardando apenas duas certificações finais.
“Tudo pode dar certo e partimos no dia 30, mas do jeito que as coisas estão indo, seria tolice esperar que tudo ocorra perfeitamente”, disse ele em 25 de julho. “Nossa data-alvo é 30 de julho. Se tivermos que adiar, ainda devemos conseguir ter os residentes a bordo, mas essa é nossa meta, não necessariamente uma data definida. Está nas mãos de Deus”.
Ele acrescentou que, no próximo mês, espera “estar na água e esses problemas serão uma lembrança distante”. Enquanto isso, a empresa avançou com as reformas internas programadas para ocorrer uma vez que a viagem já estivesse em andamento.
Anúncio de rival
Petterson diz que todas as cabines dos clientes foram renovadas e que, agora, trabalham nas cabines da tripulação, mudando-as de quádruplas para duplas. “[O navio] está em boa forma e conseguiremos oferecer uma experiência melhor”, disse ele.
Mas como fica o itinerário, que prometia seguir ao redor do mundo durante o verão? Petterson diz que, se houver mais atrasos, poderão ter que cancelar a visita às Ilhas Faroé.
Das 350 cabines, cerca de 320 foram vendidas, disse ele. A empresa espera que, aproximadamente, 200 pessoas comecem a viagem em Belfast, com outras se juntando posteriormente. Cerca de 40 dessas pessoas já se inscreveram no Life at Sea.
Duas pessoas, que fizeram parte da administração do Life at Sea quando foi cancelado, anunciaram seu próprio projeto concorrente. Dentre elas, Kendra Holmes, a ex-CEO da Miray Cruises — empresa por trás do Life at Sea — anunciou o Globecruisers, programa que ela fundou com outros funcionários do Life at Sea.
Planejado para embarcar em abril de 2025, deverá ser outro cruzeiro de três anos. No entanto, ao contrário da Miray Cruises, Holmes diz que não aceitarão nenhum depósito até conseguirem um navio e, depois disso, o dinheiro dos hóspedes será mantido em uma conta de custódia após isso.
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