O Catar está abrigando Ismail Hanyeh, principal líder do grupo terrorista Hamas, que, de um hotel de luxo em Doha, assistiu pela TV e aplaudiu os ataques do grupo a Israel no dia 7 de outubro.
Serenidade e equilíbrio
Ao deixar o Catar, país que está intermediando as negociações nesta guerra, Lula deu declarações ainda mais fortes, em relação às que já tinha dado, na opinião do membro da entidade, contrárias à postura de Israel.
À Al Jazzera, emissora sediada no país, o presidente brasileiro declarou:
“(Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel), é uma pessoa extremista, de extrema direita e com sensibilidade baixa para os problemas do povo palestino.” Em seguida, afirmou novamente que o governo de Israel pratica um genocídio em Gaza.
”Não se trata de uma guerra tradicional, mas de um genocídio, que mata milhares de crianças e mulheres que não têm culpa alguma”, disse, segundo a fonte, com base em declarações e números fornecidos pelo Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo grupo terrorista.
Tal postura, novamente, causou forte incômodo nas lideranças da comunidade judaica no Brasil.
+ Leia mais notícias de Mundo em Oeste
Desde os ataques do Hamas, pelo menos cinco notas de repúdio foram emitidas por entidades judaicas, para rebater afirmações do presidente ou de seus aliados.
A Confederação Israelita do Brasil (Conib) divulgou novamente, neste sábado, 2, um comunicado, rechaçando as mais recentes declarações.
“A Conib lamenta profundamente declarações do presidente Lula comparando as ações de defesa de Israel a genocídio”, afirmou a entidade. “É uma acusação falsa que, vinda do presidente da República, ganha dimensões ainda mais graves.”
Na conclusão, a Conib “mais uma vez” pediu serenidade e equilíbrio às autoridades “neste momento tão tenso e doloroso”, em função do aumento de manifestações antissemitas no Brasil e no mundo.