Na madrugada de sábado, 25, o Museu Drents, localizado em Assen, na Holanda, foi alvo de um roubo audacioso. Três indivíduos encapuzados invadiram o local usando explosivos para abrir a pesada porta de entrada.
A ação foi registrada por câmeras de segurança, resultando em imagens granuladas, mas impressionantes.Os ladrões subtraíram valiosos artefatos históricos, incluindo três braceletes de ouro e o capacete de ouro de Cotofenesti.
Essa peça, datada do século V a.C., possui complexos relevos e pesa pouco mais de 900 gramas.
O capacete tem significativa relevância histórica e cultural, remontando aos antigos Dácios, que habitavam a região dos Bálcãs. É amplamente reconhecido na Romênia e suas cenas retratam cerimônias, incluindo o sacrifício de um cordeiro.
Capacete de ouro tem valor cultural ‘incalculável’, dizem autoridades
Os artefatos faziam parte de uma exposição itinerante do Museu Nacional de História da Romênia e estavam em exibição no Museu Drents desde julho de 2024.
Não foi atribuído um valor monetário exato aos itens, mas autoridades romenas descreveram seu valor como “incalculável” para a herança cultural do país.
A polícia holandesa está conduzindo investigações para determinar uma possível conexão entre o roubo e um carro incendiado encontrado nas proximidades do museu.
Acredita-se que os criminosos tenham utilizado o veículo em chamas como distração para facilitar sua fuga em outro carro.
Detalhes sobre o museu invadido na Holanda
Este caso não é isolado, pois em novembro, um roubo semelhante ocorreu em Amsterdã, quando uma galeria de arte foi invadida por ladrões que usaram explosivos para roubar gravuras de Andy Warhol.
Até o momento, as autoridades não conseguiram contato com representantes do Museu Nacional de História da Romênia ou do Ministério da Cultura.
O Museu Drents é tido como uma importante instituição cultural que explora a história e a arte da província de Drente.
Fundado em 1854, destaca-se por sua coleção de corpos de pântano da Idade do Ferro, como o “Homem de Yde”, além de obras de arte moderna, arte asiática e itens que retratam a história regional.
Sua programação inclui exposições temporárias de grande destaque, que abordam temas variados, desde civilizações antigas até movimentos artísticos contemporâneos.
Localizado em um antigo mosteiro de 1882, o museu combina arquitetura histórica e moderna, especialmente depois da reforma de 2011, que incluiu um anexo subterrâneo projetado pelo arquiteto holandês Erick van Egeraat.