O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), comentou, nesta segunda-feira, 11, a presença de Luciane Farias, mulher de um dos chefes do Comando Vermelho, no Ministério da Justiça.
“Não tenho dados para emitir juízo sobre isso”, disse, durante evento na Universidade Presbiteriana Mackenzie. “Temos que nos preocupar com a questão do crime organizado como tal. De alguma forma, ele encontrou meios e formas de se situar na sociedade brasileira.
Adiante, o juiz do STF disse ser preciso dar “atenção e tratar o tema com a seriedade que ele merece”.
Assessores de Flávio Dino receberam Luciane duas vezes, na sede da pasta. Ela esteve em audiências com dois secretários e dois diretores de Dino em três meses. O nome dela não consta nas agendas oficiais.
O Ministério da Justiça admitiu a ida da mulher, mas disse que ela estava acompanhando uma comitiva de advogados que visitou a pasta.
Agendas públicas de autoridades costumam trazer informações sobre os demais participantes das reuniões, e não apenas da pessoa que pediu a agenda. A falta de controle pode inclusive representar um risco para os servidores.
“Abuso de autoridade”, artigo publicado na Edição 189 da Revista Oeste