quinta-feira, julho 4, 2024
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Crânio intacto revela uma das maiores aves que viveram na Terra

Restos mortais de uma das últimas espécies de pássaro gigante que habitaram a região da Austrália foram descritos em um novo estudo. Durante o trabalho, os pesquisadores analisaram o primeiro crânio intacto já encontrado do Genyornis newtoni, fornecendo informações sobre o estilo de vida destes antigos animais.

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Este é o primeiro crânio intacto já encontrado da espécie Genyornis (Imagem: Jacob C. Blokland)

Crânio foi transportado de camelo para análise

  • Pesando 230 quilos, o animal gigante tinha cerca de metade do peso de seus parentes mais antigos.
  • Apesar disso, ainda era uma das maiores aves que já viveram na Terra.
  • Os cientistas já sabiam da existência da espécie, mas demorou 128 anos para que a primeira descrição científica deste pássaro fosse criada.
  • O crânio intacto do animal foi transportado para a cidade de Adelaide em um camelo e preso com farinha e água para reparar os danos causados pelo tempo.
  • Os restos mortais do Genyornis newtoni foi encontrado no Lago Callabonna.
  • Os cientistas acreditam que outros fósseis da espécie também estejam escondidos no local.
  • Além do acesso ao local, uma das dificuldades enfrentadas pelos pesquisadores é que o lago é salgado.
  • Isso significa que os fósseis retirados da água secam quase que imediatamente e o sal começa a quebrá-los.
Reconstrução artística do crânio da espécie Genyornis newtoni (Imagem: Jacob C. Blokland)

Ave tinha caixa craniana gigante, mas um cérebro pequeno

As análises realizadas revelaram que a ave que podia andar, mas ainda mantinha um estilo de vida quase que exclusivamente aquático. O animal possuía as mesmas características que permitem que as aves aquáticas modernas busquem comida debaixo d’água sem ingerir quantidades indesejáveis de água

Ainda de acordo com os pesquisadores, a espécie teria comido qualquer fruta que encontrasse no caminho, mas dependia muito dos alimentos que as zonas húmidas ofereciam após as chuvas.

Os animais tinham uma caixa craniana descrita como “enorme” no artigo, publicado na revista Historical Biology. No entanto, isso não significa que eles eram inteligente.

Os especialistas explicam que, com o tempo, a caixa craniana cresceu, não para abrir espaço para cérebros, mas para sustentar bicos capazes de comer grandes frutas. Estas estruturas eram formadas por uma mandíbula superior alta e móvel como a de um papagaio, mas em forma de ganso, uma grande lacuna, forte força de mordida e a capacidade de esmagar plantas macias e frutas no céu da boca.

Via Olhar Digital

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