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CPI para investigar interferência no Brasil em 2022

Os deputados Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Gustavo Gayer (PL-GO) estão coletando assinaturas para a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). O objetivo é apurar sobretudo uma suposta interferência da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USaid) nas eleições brasileiras de 2022. 

Segundo Gayer, o movimento já coletou cerca de 60 assinaturas de parlamentares no requerimento de abertura da CPI. A iniciativa dos deputados ganhou publicidade nesta terça-feira, 4, principalmente depois da divulgação de um trecho de uma entrevista de Mike Benz, ex-chefe do setor de informática do Departamento de Estado dos Estados Unidos no primeiro governo Trump.

Deputados falam em esquema de censura

Falando ao programa “The war room” do site de notícias Real America’s Voice, Benz disse que se a agência não existisse, “Bolsonaro ainda seria presidente do Brasil”. Stephen Bannon, ex-estrategista do primeiro governo Trump, foi quem conduziu a entrevista. A USaid faz parte da estrutura burocrática do Departamento de Estado do governo americano, que corresponde ao que seria o Ministério das Relações Exteriores, no Brasil. 

“Gravíssimo! Estamos coletando assinaturas com o deputado Gustavo Gayer para esta importante CPI. Ela pode expor ainda mais o esquema de censura e violações de liberdades durante e depois da eleição de 2022″, disse Eduardo Bolsonaro. No vídeo, ele pede para o eleitor exigir que o parlamentar em que ele votou assine a CPI.

O requerimento para a abertura da Comissão fala em apurar a suposta interferência da agência norte-americana em processos eleitorais. A agência teria usado estratégias que envolveriam censura, regulação das redes sociais e promoção de debates políticos direcionados. Além disso, “atuação na construção de narrativas midiáticas que favorecem agendas políticas específicas, não necessariamente alinhadas aos interesses do povo brasileiro”.

De acordo com Mike Benz, a USaid teria reforçado principalmente o financiamento estrangeiro a “grandes instituições brasileiras”. Isso se deu a partir de 2018 para minar o governo Bolsonaro, considerado pela agência como “antidemocrático”. 

Ainda, segundo Benz, o financiamento seria direcionado à criação de “leis de censura” e “maquinações e operações” do que ele chama de “Tribunal da Censura”.



Via Revista Oeste

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