A CPI da Enel na Assembleia Legislativa de São Paulo já tem requerimento pronto para convocar o novo presidente da Enel, Antonio Scala.
O documento foi apresentado pelo presidente da CPI, Thiago Auricchio.
Na justificativa, ele diz que “o senhor Antonio Scala é executivo com 18 anos de trajetória à frente de diversas áreas na Enel, e foi escolhido para assumir o comando da companhia em virtude da saída do senhor Nicola Cotugno” e que “ouvi-lo revela-se de grande importância para o levantamento de informações que permitam a esta Comissão cumprir com seu papel institucional”.
Nesta quarta-feira (22), o presidente Enel Brasil, Nicola Cotugno, anunciou que vai deixar a empresa, sendo substituído por Scala.
Segundo fontes da companhia, a aposentadoria de Cotugno estava prevista antes do apagão, mas foi adiada para evitar a politização de sua saída.
“A saída de Cotugno foi definida em reuniões do Conselho das Distribuidoras da Enel Brasil em outubro. Para apoiar o processo de substituição e as recentes contingências, o executivo prorrogou a sua saída para 22 de novembro”, disse nota enviada à CNN.
Scala é executivo com 18 anos de trajetória na Enel. Ele ocupou a funções como chefe de Planejamento e Controle de Global Trading e liderou a Enel Green Power na América do Sul.
No dia 4 novembro, 2,1 milhões de clientes da Enel ficaram sem energia em São Paulo por conta da chuva do dia anterior. A companhia tinha se comprometido a retomar o fornecimento no dia 7, mas não cumpriu o prazo.
Somente cinco dias depois, é que a concessionária informou que a energia elétrica tinha sido restabelecida para 99,99% dos clientes.
A empresa foi acionada pela Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), ligada ao Ministério da Justiça. Além disso, as comissões de Desenvolvimento Urbano e de Defesa do Consumidor da Câmara dos Deputados convidaram a Enel a prestar esclarecimentos sobre o apagão.
Além disso, durante a sessão da CPI)da Enel na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), no dia 14, a energia caiu ao menos três vezes.
No dia seguinte, uma nova tempestade deixou várias 290 mil pessoas sem energia em São Paulo.
O prefeito da cidade, Ricardo Nunes (MDB), disse que pediu para a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) cancelar o contrato de concessão com a Enel.
Além disso, o Governo de São Paulo aplicou no dia 17, via Procon, uma multa de R$ 12,7 milhões contra a concessionária pela falta de energia e por descumprir o dever legal de prestação de serviços essenciais.
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