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CPI do apagão tem apagão durante a CPI

Um apagão foi responsável por interromper a sessão da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Enel no início da tarde desta terça-feira, 14. O colegiado, que ocorre na Assembleia Legislativa (Alesp) de São Paulo, ouvia o presidente da distribuidora de energia elétrica no Estado paulista, Max Xavier Lins.

Diante da queda do fornecimento de energia elétrica durante a audiência, o executivo da Enel ouviu chacota por parte de alguns dos parlamentares. “É a dona Enel.”

O presidente da CPI, deputado Thiago Auricchio (PL), disse que a empresa “foi vítima” de si mesma. Auricchio ainda disse que um aparelho de TV da Alesp queimou durante o apagão. Dessa forma, o parlamentar sugeriu que poderia pedir indenização à concessionária, que atende 24 municípios da Região Metropolitana de São Paulo.

Lins afirmou que o apagão na sede do Parlamento paulista não foi responsabilidade da empresa. “Comprovamos isso tecnicamente”, disse o executivo. “Mantivemos contato com a área de manutenção da Alesp e confirmamos que foram oscilações provocadas por chaveamentos internos.”

O presidente da Enel também pediu desculpas por 2,1 milhões de pessoas ficarem sem luz no início do mês. Em parte da Grande São Paulo, houve apagão em 3 de novembro. A própria companhia confirmou que o restabelecimento da distribuição de energia na região só voltou a ser de 100% na última sexta-feira, 10.

Lins já havia sido convidado para falar à CPI da Enel. O colegiado foi instalado na Alesp em maio, com o intuito de apurar supostas irregularidades cometidas pela empresa. O apagão deste mês, no entanto, fez os membros da comissão transformarem o convite em convocação.

Lins obteve uma liminar para ficar em silêncio na CPI do Apagão

Max Xavier Lins
Lins já havia sido convidado para falar à CPI instalada em maio para apurar irregularidades da empresa | Foto: Reprodução/Twitter/X

Na CPI de hoje, que passou a ser chamada de CPI do Apagão, Lins falou mesmo diante de decisão do Poder Judiciário. Ele havia obtido uma liminar no Tribunal de Justiça de São Paulo que o permitiria ficar em silêncio no depoimento.

De acordo com o desembargador Xavier de Aquino, que assinou a decisão, o executivo da Enel entrou com um habeas corpus “objetivando liminarmente a concessão de salvo conduto”. Nesse caso, ele poderá ficar calado caso ouvisse alguma pergunta ofensiva.

Lins foi convocado depois que milhares de imóveis ficaram sem energia elétrica. Mais de mil consumidores ficaram sem abastecimento por mais de 120 horas.

O prefeito da capital paulista, Ricardo Nunes (MDB), acionou a concessionária na Justiça. O emedebista cobra multa por danos coletivos.

Via Revista Oeste

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