sábado, novembro 23, 2024
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Corte de ministérios e fim do home office: quais foram as primeiras medidas de Javier Milei

Nesta segunda, 11, presidente argentino fez a primeira reunião com os seus ministros, e anunciou uma série de ações

O presidente da Argentina, Javier Milei, anunciou uma série de medidas na área econômica em seu primeiro dia no cargo. Entre as ações, estão o fim do home office no funcionalismo público e uma revisão minuciosa nos cargos e contratos do governo.

Na segunda-feira, 11, Milei realizou a primeira reunião com seus 9 ministros, após ter assumido o cargo no domingo, 10. Durante o encontro na Casa Rosada, a sede do governo argentino, Milei instruiu os ministros a implementarem uma política de trabalho totalmente presencial para todos os membros de suas respectivas pastas.

Na reunião, também foi determinada a realização de um “inventário geral” dos recursos físicos e estruturais, além dos servidores do Estado. Conforme anunciado pelo porta-voz, Manuel Adorni, todos os “contratados militantes” de gestões anteriores serão desligados.

De acordo com a imprensa local, as medidas geraram apreensão no país, devido a receios de demissões em larga escala e destituições de funcionários no serviço público.

Outras medidas

Ainda no domingo, Javier Milei assinou o primeiro decreto de sua administração, no qual reduziu o número de ministérios no país para 9, a metade do governo anterior, do ex-presidente Alberto Fernández. Milei argumentou que essa ação é o primeiro passo para reduzir os gastos públicos, uma das principais propostas de seu governo.

Veja como fica a estrutura de governo:

  • Ministério de Interior;
  • Ministério de Relações Exteriores;
  • Ministério de Comercio Internacional e Culto;
  • Ministério da Defesa;
  • Ministério da Economia;
  • Ministério de Infraestrutura;
  • Ministério da Justiça;
  • Ministério de Segurança;
  • Ministério da Saúde e Capital Humano.

No discurso de posse, Milei enfatizou que a situação provavelmente se agravará antes que as primeiras medidas apresentem resultados. Ele reiterou a falta de recursos do governo, declarando: “Lamentavelmente, tenho que dizer, ‘no hay plata'”. Em tradução livre para o português, a expressão quer dizer “não tenho dinheiro”.

“Isso impactará de modo negativo a atividade, o emprego, a quantidade de pobres e indigentes. Haverá estagflação [situação em que há estagnação da economia e inflação alta], mas é algo muito diferente do que tivemos nos últimos 12 anos. Será o último gole amargo para começar a reconstruir a Argentina”, disse.

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