Funcionários dos Correios de São Paulo iniciaram uma greve de 24 horas nesta segunda-feira, 5, depois de uma assembleia realizada na última sexta-feira, 2. A paralisação abrange todos os trabalhadores, incluindo carteiros, atendentes, operadores de triagem, motoristas e funcionários administrativos.
A principal reivindicação dos grevistas é o reajuste das funções, que, segundo o sindicato da categoria, “está defasada há anos”. Além disso, os trabalhadores exigem um aumento salarial e a redução do custo do plano de saúde.
O sindicato destacou que o elevado custo dos planos de saúde levou 20 mil funcionários a desistirem do serviço.
A greve teve início à meia-noite e, conforme informações do sindicato, pode se intensificar a partir desta quarta-feira, 7, caso não sejam apresentadas “propostas convincentes”.
Os trabalhadores afirmam que houve “14 reuniões de negociação sem avanços significativos” e que a direção dos Correios “desprezou” um pedido feito em janeiro, sem apresentar soluções.
Estatais têm rombo de quase R$ 3 bilhões no primeiro semestre
As estatais federais vinculadas ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva registraram um rombo de R$ 2,9 bilhões no primeiro semestre de 2024, o que representa um aumento de 81,3% em relação ao mesmo período de 2023, quando o déficit primário foi de R$ 1,6 bilhão.
Em 2022, o último ano de Jair Bolsonaro, houve um superávit de R$ 6,5 bilhões, mostrando uma piora significativa de R$ 9,4 bilhões desde então. Os números fazem parte de levantamento divulgado neste domingo, 4, pelo Poder360.
O déficit primário considera o saldo entre receitas e despesas, sem incluir o pagamento de juros da dívida.
Considerando as principais estatais, o déficit primário foi de R$ 3,2 bilhões de janeiro a maio de 2024, conforme o 3º Relatório Bimestral.
A ENBPar, criada para facilitar a privatização da Eletrobras, teve um superávit de R$ 385,2 milhões. A Infraero também registrou um superávit de R$ 237,8 milhões.
Em contraste, seis das principais empresas do governo apresentaram déficits até maio de 2024. Os Correios tiveram um déficit de R$ 1,5 bilhão — uma piora de quase R$ 900 milhões em relação ao mesmo período de 2023. A Emgepron registrou um saldo negativo de R$ 651,3 milhões.