A Coreia do Norte lançou um míssil balístico intercontinental na manhã de quinta-feira, 31, conforme relataram autoridades norte-americanas. Esse foi o primeiro teste desde que o país enviou militares à Rússia para lutar contra a Ucrânia na guerra em curso.
O Exército da Coreia do Sul identificou o ponto de lançamento em uma área da capital, Pyongyang. O míssil se dirigiu ao Mar do Japão, às 7h10 do horário local. Já o governo do japonês informou que o míssil alcançou mais de 7 mil km de altitude, a maior já registrada para um míssil norte-coreano.
Quanto ao tempo de voo, ele também foi o maior já observado para mísseis do regime de Kim Jong-un. A Coreia do Norte frequentemente adota trajetórias verticais em seus lançamentos para evitar sobrevoar países vizinhos.
Confira imagens do míssil que a Coreia do Norte lançou nesta quinta-feira:
North Korea tested an intercontinental ballistic missile, upgrading what it called the ‘world’s most powerful strategic weapon,’ as Seoul warned Pyongyang could get missile technology from Russia for helping with the war in Ukraine https://t.co/SL1xbwcOmP pic.twitter.com/dXbnCCwmR3
— Reuters (@Reuters) October 31, 2024
Possível ameaça do lançamento do míssil pela Coreia do Norte
O projétil caiu no mar, sem causar danos, segundo autoridades japonesas. Os Estados Unidos condenaram o teste, mas afirmaram que ele não representa uma ameaça direta ao território americano ou aos seus aliados.
Respostas internacionais e medidas estratégicas
A agência Yonhap informou que os EUA irão responder ao teste com recursos estratégicos em exercícios militares. A Coreia do Sul declarou que está compartilhando informações sobre as ações norte-coreanas com os EUA e o Japão.
O último teste de um míssil balístico intercontinental pela Coreia do Norte ocorreu em dezembro do ano passado. À época, o artefato atingiu uma altitude e tempo de voo que indicaram um alcance de 15 mil km.
Conforme a agência de notícias Reuters, a Coreia do Sul anunciou novas restrições de exportação para materiais críticos na produção de mísseis de combustível sólido. O Ministério das Relações Exteriores confirmou que colocou ao menos 15 itens sob restrição.