Um teste realizado pela Coreia do Norte aumentou ainda mais as tensões na região. Segundo informações divulgadas por autoridades dos EUA, o país asiático disparou um míssil balístico intercontinental nesta quinta-feira (31).
Já de acordo com os governos sul-coreano e japonês, o míssil foi lançado de uma área de Pyongyang com destino ao Mar do Japão e teria viajado a uma altura de mais de 7.000 km. Esta seria a maior marca já atingida por um artefato militar norte-coreano.
- Além da altitude recorde, o tempo de voo também foi o maior para mísseis produzidos pelo regime de Kim Jong-un.
- O último teste do tipo realizado pela Coreia do Norte aconteceu em dezembro de 2023.
- Na oportunidade, a altitude e tempo de voo do míssil ficaram cerca de mil quilômetros abaixo da nova marca.
- O novo lançamento significa que os norte-coreanos possuem um armamento com capacidade para atingir qualquer local dos EUA.
- Analistas ainda afirmam que o avanço pode ter relação com a Rússia.
- Os dois países assinaram um acordo militar recentemente, e Moscou pode estar auxiliando Pyongyang no desenvolvimento de novos artefatos militares.
Leia mais
EUA e aliados condenaram o lançamento do míssil
O projétil lançado pela Coreia do Norte caiu no mar e não causou nenhum dano. Apesar disso, gerou grandes repercussões.
O governo dos EUA, por exemplo, condenou o lançamento, mas garantiu que ele não representa uma ameaça direta ao território norte-americano ou a aliados. Segundo a imprensa local, a Casa Branca deve responder ao teste nos próximos dias, embora não se saiba exatamente como.
A Coreia do Sul, por sua vez, afirmou que está compartilhando informações sobre o lançamento dos vizinhos do norte com seus aliados norte-americanos e japoneses. O país ainda anunciou novas restrições de exportação para materiais necessários para a produção de mísseis de combustível sólido, com o objetivo de restringir o desenvolvimento de mísseis balísticos da Coreia do Norte.
As restrições foram anunciadas pelo Ministério das Relações Exteriores da Coreia do Sul e vão abranger 15 itens que a Coreia do Norte tem dificuldade em produzir por conta própria, como fuselagens e tubos de combustão. As informações são do jornal The Washington Post.